21.07.2010 | 03h00
O Brasil aumentou o investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D) na última década. É evolução constante, ano após ano. A soma de valores já ultrapassou 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Ainda assim, é pouco.
Esse percentual deverá ser dobrado nos próximos anos. Necessitamos ter como meta alocar entre 2,5% e 3% do PIB na produção de inovações científicas e tecnológicas.
O gasto feito hoje se multiplicará em forma de riqueza nos anos vindouros. Em 2008, os recursos alocados em P&D chegaram a US$ 23 bilhões.
Países ricos investem proporcionalmente mais, muito mais. Os índices de Alemanha (2,5%), Coreia do Sul (3,2%), Estados Unidos (2,7%), França (2%) e Japão (3,4%) demonstram que precisamos evoluir.
E isso precisa ser coordenado com vários segmentos de governo e da iniciativa privada para gerar o impacto real no progresso do país.
Em 2006, o governo lançou o Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação, criando uma rede coordenada entre academia e empresas, ambicioso projeto para melhorar o investimento e alcançar resultados com metas claras para o segmento.
A iniciativa de investimento é garantia de que, em alguns anos, setores nacionais estarão liderando ou disputando mercado com empresas estrangeiras.
O caso da Petrobras é emblemático: toda pesquisa feita no passado assegurou que, hoje, a empresa ocupe o quarto lugar mundial entre as maiores do setor. E seus investimentos totais são expressivos. Inclusive no campo científico.
A Petrobras detém tecnologia para perfurar em águas profundas, o que demonstrou ser ganho expressivo para a exploração do pré-sal.
Além disso, a necessidade de combustíveis renováveis e a criação de alternativas verdes para fazer frente ao aquecimento global também forçam o Brasil, por sua vanguarda com etanol e biodiesel, a continuar investindo na criação de energias limpas.
O futuro no campo do petróleo é promissor. Impulsionada pelo pré-sal, a indústria química prevê investir quase US$ 170 bilhões em P&D nos próximos 10 anos.
Temos gargalos imensos, como na produção de fertilizantes, essencial para a fortalecida agricultura brasileira, cuja demanda aumentou exponencialmente nos últimos anos e deve continuar em expansão.
A Embraer é outro exemplo de investimento correto em P&D. Atualmente, a empresa voa acima de várias concorrentes. E mantém gastos de 5% da sua receita líquida para continuar inovando. E isso se torna essencial porque novas empresas estão entrando neste mercado, surgidas na China e na Rússia.
Ao investir em pesquisa, na busca de tecnologia e inovação, o Brasil se posiciona cada vez mais no cenário internacional como ator realmente importante. E isso é fundamental para assegurar presença relevante na economia, com valor agregado ao que produz e fabrica.
Hoje, mesmo a produção de itens primários exige cada vez mais pesquisa. Seja para aumentar a produtividade do campo, seja para melhorar a extração de minérios e riquezas naturais presentes no subsolo ou na costa litorânea brasileira.
Ciência de boa qualidade é item básico para construir um país de primeira grandeza.
Michel Temer é deputado federal pelo PMDB de São Paulo e preside a Câmara dos Deputados
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