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morte anunciada 30.10.2023 | 13h59

Ata mostra que PM disse ao superior que 'teve vontade de matar' colega, mas nada foi feito

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Jessica Bachega e Yuri Ramires

redacao@gazetadigital.com.br

Reprodução

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O 3º sargento da Polícia Militar Gabriel Castela Cardoso, 34, já havia dito que “teve vontade de matar” o 2º sargento Willian Ferreira e se matar. Também passou por tratamento psiquiátrico por conta das desavenças com o superior no batalhão em que eram lotados em São José do Rio Claro (315 km a Médio norte). Revelações constam em ata de reunião realizada com o comandante da unidade, Cristyano Cássio Gonçalves de Vasconcelos, em 13 de outubro de 2022.


No dia 21 de outubro, Gabriel concretizou a “vontade” revelada um ano antes e matou o sargento Willian Ferreira a tiros, no interior de uma unidade policial, após um desentendimento. Preso, ele se matou com tiro na cabeça na tarde do dia seguinte.


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Depoimento ao qual o teve acesso narra que a reunião foi solicitada pelo comandante a fim de sanar desavenças entre os militares. Na ocasião, ambos militares disseram que os atritos eram por conta do comportamento de ambos. Gabriel não concordava com o tratamento que Willian, seu superior, dava aos subordinados.


Anterior a isso, ambos tinham se desentendido por conta da cautela de um fuzil. Também contribuía para a animosidade entre ambos os rumores de que Gabriel teria dito que Willian queria “comandar o quartel”. Versão que foi desmentida por Gabriel, que disse evitar comentar sobre o colega de farda.


“Gabriel adicionou que, de fato, criou uma mágoa em relação a William, e que, no dia da desavença do fuzil, teve vontade de matar William e, inclusive, teve vontade de se matar. Adicionou que ficou cinquenta dias digerindo a situação, necessitando de atendimento psiquiátrico e medicação, vez que ficou muito nervoso”, consta no documento. Não há detalhes sobre o motivo da briga por conta do armamento.


Mais adiante no depoimento, Gabriel disse que se arrependeu do que comentou e que estava em surto nervoso. Fato foi testemunhado pelo comandante Cristyano Cássio, que recebeu atestado médico do militar.


Ao comentar as acusações de Gabriel, de que não tratava bem os militares de patente inferior, Willian negou.
“William disse que trata o subordinado com urbanidade, mas que é militar antigo, e que se comporta em seu trato com os demais militares da maneira como aprendeu”, diz a ata.


Por fim, Gabriel justifica que muito do mau relacionamento que tem com William se deve a comentários maldosos ou brincalhões que são feitos pela tropa.


Após a reunião, ambos seguiram trabalhando juntos, mesmo com as desavenças e o desejo que Gabriel tinha de matar o colega de farda.

 

Assinaram a ata da reunião o comandante, tenente-coronel Cristyano Cássio Gonçalves de Vasconcelos, o 1º tenente Mateus Leandro Ferreira Nunes, a vítima, 2º sargento Willian Ferreira e o acusado 3º sargento Gabriel Castella Cardoso.


O caso
Gabriel matou Willian a tiros dentro da unidade no dia 21 de outubro. No dia seguinte, mesmo preso, ele conseguiu acessar sua arma e tirar a própria vida.


Situação gerou grande comoção no batalhão e em todo o estado. O comandante Crystiano Cásso foi afastado do cargo e os militares remanejados para outras unidades, uma vez que estavam todos muito abalados.


A Polícia Civil apura as mortes e a Corregedoria da Polícia Militar também age no caso.

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