EMPRESA DE INVESTIMENTOS 10.02.2023 | 18h40
khayo@gazetadigital.com.br
Otmar de Oliveira
Empresária Taiza Tosatt, médico Diego Rodrigues Flores e o policial federal Ricardo Mancinelli são acusados de executarem um milionário esquema de pirâmide por meio da empresa DT Investimentos.
Supostos golpes foram denunciados à Justiça. À reportagem, alguns dos clientes da empresa alegaram terem sido atraídos pelas robustas promessas de retorno financeiro, por meio de lucros mensais de até 6% com juros compostos sobre o montante inicialmente investido.
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Conforme apurado pela reportagem, a partir da data do investimento, os rendimentos mensais eram depositados por um determinado período. Contudo, após algum tempo, a empresa parava de repassar o valor acordado.
Em um dos casos, um cliente da empresa, e que preferiu não se identificar, apontou ter investido mais de R$ 300 mil sob a promessa de retorno de 5% ao mês com possibilidade de retirada a qualquer tempo.
À reportagem, a vítima relatou que não checou se a empresa seria segura, pois havia um médico e um policial federal no quadro societário. Fato que conferia credibilidade ao negócio, segundo considerou o cliente.
"Não há um dia sequer que eu não pense nesse assunto e em como resolver isso de uma vez por todas e reaver meu dinheiro. Hoje eu preciso tomar medicamento para conseguir dormir, coisa que nunca precisei usar em toda a minha vida", disse ao portal.
No site do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, tanto Taiza quanto Diego e Ricardo são citados em processos diversos por conta das denúncias envolvendo a DT Investimentos, todas de 2022.
Procurada pela reportagem, defesa da empresária não se manifestou sobre o caso até o fechamento da matéria. Já o médico e o policial deram esclarecimentos por meio de seus advogados.
Em nota, a defesa de Diego apontou que o médico nunca foi sócio da TR Investimentos (empresa anterior à DT Investimentos). Além disso, argumentou também que todos os contratos questionados judicialmente foram assinados por Taiza. (Confira nota completa no rodapé).
Já a defesa de Ricardo disse que o policial federal também foi vítima da empresária, motivo pelo qual a acionou judicialmente. No comunicado, é apontado que Taiza teria utilizado o nome do servidor público de forma ilegal para dar credibilidade ao negócio. (Confira nota na íntegra no rodapé).
Nota Diego Flores
"Nunca foi sócio da empresa TR Investimentos Intermediação Ltda, uma vez que no contrato social que instituiu a empresa, não consta, seu nome no quadro societário, já que o registro é feito na Junta Comercial do Estado de Mato Grosso, sendo assim documento de fé pública, com plena capacidade probatória.
Que a empresa DT Investimentos, em que ele constava como sócio, com Taiza e Ricardo teve existência apenas em data anterior a criação da empresa TR Investimentos e Intermediação Ltda, nunca foi devidamente registrada, sendo assim apenas uma sociedade de fato que em pouco tempo foi encerrada, para em seguida ser criada a TR Investimentos Intermediação Ltda, em que já não era mais sócio. Quanto ao Folder, documento criado sem autorização, estão sendo estudadas medidas judiciais cabíveis.
Que todos os contratos questionados na justiça foram assinados pela senhora Taiza Tosatt Eleoterio Ratola, em data posterior a criação da empresa TR Investimentos Intermediação Ltda, que tem como sócios unicamente Taiza e Ricardo, alegando na literalidade do contrato ser ela enquanto pessoa física responsável pelo negócio jurídico, assumindo toda a responsabilidade unicamente em seu Cadastro de Pessoa Física.
Que somente depois que o sócio Ricardo Mancinelli Souto Ratola, ex-marido de Taiza, saiu da sociedade da empresa TR Investimentos e Intermediação Ltda, foram feitas alterações no quadro societário da empresa na Junta Comercial, bem como a alteração do nome para DT Investimentos Ltda, o mesmo nome também utilizado lá atrás no início da ideia do projeto do negócio a ser implantado. E mesmo com alteração no quadro societário, não consta o nome do senhor Diego Rodrigues Flores. Em juízo a senhora Taiza Ratola já assumiu que o senhor Diego Flores, não é sócio da empresa, e não tem responsabilidade sobre o negócio. E nenhum dos autores das ações judiciais afirmam conhecer o Diego, alegam que nunca o viram/conversaram, e que nunca depositaram dinheiro para ele.
Hoje a empresa está cadastrada com o nome de DT Investimentos Ltda e tem como única sócia/responsável a senhora Taiza Eleoterio Souto Ratola.
Que em todos os processos em que foi colocado como réu, está sendo prestado os devidos esclarecimentos ao Poder Judiciário", narra a nota.
Nota Ricardo Mancinelli
"O Escritório T. Pio & Maiolino Advogados Associados, representando o Sr. Ricardo Mancinelli Souto Ratola e demais outros interessados, informam que o Sr. Ricardo Mancinelli Souto Ratola, também foram vítima da Sra. TAIZA TOSATT ELEOTÉRIO única responsável e administradora da empresa DT INVESTIMENTOS e TR INVESTIMENTOS, sendo ainda que seus familiares também realizaram investimentos junto a Sra. Taiza que até o presente momento amargam prejuízos financeiros.
Informamos ainda que o Sr. Ricardo Mancinelli Souto Ratola, jamais foi sócio da empresa DT investimentos, e que a Sra. Taiza Tosatt utilizou seu nome indevidamente em razão da sua função pública, para dar credibilidade nos negócios.
Em razão dos prejuízos causados o Sr. Ricardo Mancinelli Souto Ratola bem como outros clientes deste escritório, todas vítimas da Sra. TAIZA TOSATT ELEOTÉRIO promoveram ações judiciais para reaverem os valores investidos, cujos quais, estão em tramite perante o poder judiciário do Estado de Mato Grosso.
Os processos judiciais promovidos por Ricardo Mancinelli Souto Ratola e outros clientes deste respectivo escritório, podem ser acessados pelo site do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, visto que, são processos públicos.
Informamos ainda que a única responsável pelos prejuízos causados é a Sra. Taiza Tosatt Eleotério, sendo a mesma única administradora e recebedora dos investimentos e pagamentos.
Sempre primando pela busca da verdade e pela busca de justiça, nos colocamos à disposição de todos para quaisquer esclarecimentos", aponta a nota.
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