Estudantes registram 126 boletins contra empresa de eventos

Até o momento, 126 boletins de ocorrência já foram registrados contra a empresa Imagem Serviços de Eventos Ltda., após a empresa cancelar festas de formatura das turmas de medicina, direito e odontologia das faculdades Centro Universitário de Várzea Grande (Univag) e Universidade de Cuiabá (UNIC), ambas particulares. O eventos foram cancelados na semana em que seriam realizados.

Alegando uma "situação financeira insustentável", a Imagem Eventos cancelou diversas cerimônias de formatura e surpreendeu estudantes que já estavam com os valores da festa quitados. Os formados se uniram e registraram boletins de ocorrência contra a empresa.

Devido aos diversos registros realizados na Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), a Polícia Civil instaurou um inquérito policial para apurar a conduta da empresa.

Segundo a polícia, até o momento já foram 126 denúncias registradas contra a empresa organizadora de eventos.

Leia também - Seguidores lamentam morte de influencer em acidente de moto

As investigações estão em fase inicial e a Decon agora ouve ex- funcionários da empresa. Os representantes das turmas também serão ouvidas para determinar o número de vítimas e o prejuízo financeiro causado pela conduta da empresa.

Como o já noticiou, o prejuízo causado às turmas é milionário, já que cada aluno desembolsou, no mínimo, R$ 13 mil para realização do baile e outros eventos oferecidos pela empresa.

A Imagem Serviços de Eventos Ltda. também teve seu pedido de recuperação judicial negado pelo Juiz Marcio Aparecido Guedes, da 1ª Vara Cível de Cuiabá, por não apresentar todos os documentos necessários.

“A devedora deixou de apresentar, apenas para fim de exemplificação, todos os balanços patrimoniais, relatório de passivos fiscais, certidões imprescindíveis, relação de bens particulares dos sócios, extratos atualizados das contas bancárias, entre outros da lista de documentos supra citada. Não bastasse o desleixo com o (...) processo recuperacional, destaca-se (apesar de passível correção) o valor da causa indicado pela empresa em completo desacordo com a realidade, tendo atribuído à causa o valor de R$ 1.500,00 a um passivo milionário”, destacou.