ALEGA QUE AGIU SOZINHA 14.03.2025 | 10h22
yuri@gazetadigital.com.br
Allan Mesquita
Investigação que apura a morte da adolescente Emilly Azevedo Sena, 16, vai aprofundar na história montada pela autora do crime, Nataly Helen Martins Pereira, 25, que forjou uma gravidez. Polícia quer saber, também, se o marido dela tinha conhecimento da farsa.
Equipe da Delegacia de Homicídios (DHPP) trabalhou até às 23h da noite de quinta-feira (13) para terminar o flagrante do assassinato de Emily. Dos 4 presos no começo das diligências, apenas Nataly Helen ficou sob custódia. Ela assumiu o crime e disse que agiu sozinha.
Delegado Caio Albuquerque, titular da DHPP, informou que agora, após ouvir todos os envolvidos, a investigação ganha corpo. “O flagrante foi terminado por volta das 23h. Checamos todas as informações, álibis, tudo, até terminar com a prisão em flagrante. A investigada foi autuada por homicídio qualificado, por motivo torpe, usou crueldade, recurso que dificulta a defesa da vítima – ela estava amarrada e com sacolas na cabeça -, além de ocultação de cadáver e dar como próprio o parto alheio”, disse.
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Como é sabido, Emilly foi agredida, recebeu um ‘mata-leão’ e desmaiou. Depois foi amarrada e teve a barriga cortada e o rosto coberto com duas sacolas plásticas. O bebê dela foi retirado de seu vente, ela sangrou até morrer e foi enterrada em uma cova no quintal da casa de um familiar da Nataly.
“Os outros 3 envolvidos, embora o flagrante não tenha sido feito no momento por não haver elementos que comprovem a participação, seguem na investigação. Está sendo tudo checado para saber se, de fato, não há participação no crime de assassinato ou em outro”, disse.
Delegado destacou ainda que, de maneira alguma, na hora do flagrante, ela estava grávida. Porém, se ela esteve e perdeu depois, é outra situação e pode justificar o fato de que o marido acreditava que ela estivesse mesmo gerando uma criança. “A investigação vai responder se o marido sabia ou não que ela não estava grávida e se ele tem algum envolvimento na trama”, destacou.
O caso
Conforme noticiado pelo , Emilly saiu de casa no final da manhã de quarta-feira (12), no bairro Eldorado, em Várzea Grande e avisou a família que estava indo para Cuiabá buscar doações de roupa na residência de um casal.
Durante a noite, uma mulher apareceu no hospital com um bebê recém-nascido, alegando que era filho dela e que tinha dado à luz em casa. Mas, após exames, a médica do plantão confirmou que a mulher sequer esteve grávida.
A mulher relatou a equipe médica que deu à luz em casa. Os profissionais observaram que a criança estava limpa e sem sangramento. Além disso, exames ginecológicos e de sangue demonstraram que a mulher não tinha parido recentemente. Ela também não tinha leite para amamentar a bebê.
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