lavagem de dinheiro 30.09.2025 | 15h04
redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução
A Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira (30), a quinta fase da “Operação Eclipse”, que desvendou um sofisticado esquema de lavagem de capitais operado por uma facção criminosa atuante na cidade de Água Boa, com ramificações Rondonópolis e Barra do Garças.
A operação foi coordenada pela Delegacia de Água Boa. Conforme as investigações, o grupo criminoso utilizava-se de uma fachada denominada “Vale Crédito” para mascarar a prática de agiotagem e lavagem de dinheiro.
Na ação, foram cumpridas 18 ordens judiciais, expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá e cumpridas nas cidades de Água Boa, Barra do Garças e Rondonópolis. Desse total, 14 foram mandados, sendo sete de busca e apreensão e sete de prisão preventiva. As outras quatro corresponderam a medidas cautelares, sendo dois bloqueios de contas bancárias e dois sequestros de bens.
Ao final, foram presas seis pessoas, dentre elas um assessor de vereador da Câmara de Rondonópolis. Além das prisões, os policiais apreenderam considerável quantia de dinheiro em espécie, anotações de movimentações financeiras, aparelhos telefônicos e demais dispositivos que subsidiarão a continuidade das investigações.
De acordo com o delegado responsável pela operação, Bruno Gomes, a operação tem um papel importante no combate às facções criminosas. “Essa investigação busca ir no eixo central que mantém esses grupos criminosos, que é a parte financeira. Nossa investigação apurou que uma parte do grupo agia como factoring, emprestando dinheiro nas praças, inclusive para comerciantes dos municípios alvos da operação”, explicou Gomes. Com a ação, completou o delegado, “o propósito é ‘quebrar’ esse braço da facção”.
Participaram da operação cerca de 60 policiais civis da Diretoria do Interior e da Metropolitana, com apoio Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) e do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).
Estrutura do Esquema
As investigações desencadeadas pela Delegacia de Água Boa revelaram vasta rede de movimentações financeiras realizadas pelo grupo criminoso, voltadas à inserção e dissimulação de recursos ilícitos, principalmente provenientes do tráfico de drogas, no comércio local de diversos municípios de Mato Grosso.
O “Vale Crédito” se apresentava como serviço de empréstimos a comerciantes, porém, na realidade, funcionava como mecanismo de infiltração de capitais ilícitos, mediante cobrança de juros usurários e pulverização de valores em contas de terceiros, dificultando o rastreamento e conferindo aparência de legalidade ao dinheiro da facção.
As investigações comprovaram que a atividade não possuía registro formal, sendo totalmente clandestina e coordenada por integrantes da facção criminosa, com divisão de funções e atuação estruturada em diversas cidades do Estado.
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