Abilio faz ‘acomodação política’ e monta ‘staff bolsonarista’

O secretariado do prefeito eleito Abilio Brunini (PL), com 19 nomes até o momento, tem sido montado com a velha prática de acomodação política de aliados, que tem como principal beneficiado o próprio partido do prefeito.

Pelo menos é o que aponta nomes como do vereador Fellipe Corrêa, Ananias Filho e Andrico Xavier, os três do PL, e Reginaldo Teixeira (Novo).

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Fellipe Corrêa, por exemplo, se tornou vereador após a cassação do tenente-coronel Marcos Paccola. Aliado de primeira hora de Abilio, Corrêa tentou se reeleger e não conseguiu.

Porém, Abilio decidiu acomodá-lo em sua gestão com uma nova secretaria: Tecnologia e Inovação. Sem explicar exatamente o objetivo da pasta, a principal função será a contratação de softwares para a gestão, serviço que hoje é realizado pelas próprias secretarias e a de Gestão.

Já Ananias Filho, atual presidente estadual do PL, foi indicado para a Secretaria de Governo. Outra acomodação é do professor Andrico Xavier, que disputou a Câmara e não conseguiu se eleger. Surdo, Andrico tem ligações com a ex-primeira-dama do país Michelle Bolsonaro e a ex-deputada federal Amália Barros, que faleceu em maio passado.

Aliado de primeira hora, o Novo também foi contemplado pelo bolsonarista. Empresário Reginaldo Teixeira (Novo), que chegou a figurar como pré-candidato a prefeito de Cuiabá. Porém, desistiu para apoiar Abilio.

A acomodação política e partidária que Abilio Brunini tem feito é mais pessoal do que para garantir uma governabilidade, já que outros partidos que possuem vereadores não foram contemplados até o momento.

O secretariado também tem nomes mais pessoais, como Marcelo Bussiki, que comandará a Ssecretaria de Orçamento Público. A indicação é pessoal, já que Bussiki foi vereador com a Abilio entre 2017 e 2020, atuando na oposição.

Outro nome seria de Jefferson Neves, que será secretário de Esportes. Esposo da vereadora Michelly Alencar (União), a indicação dele compromete a atuação da parlamentar, que já anunciou que será base aliada.

A diferença é que tanto Jefferson quanto Bussiki têm perfis técnicos e possuem experiência na administração pública.

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