condenados pelo stf 13.09.2025 | 07h30
allan@gazetadigital.com.br
Allan Mesquita
Com a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por participação em uma trama golpista, o presidente do Partido Liberal em Mato Grosso, Ananias Filho, voltou a defender que o Congresso Nacional abra a discussão sobre a anistia. Segundo ele, o tema não pode ficar restrito a negociações fechadas.
“Que tipo de anistia que querem aprovar? Querem aprovar uma anistia mambembe? Quer criar uma anistia mais ampla? É uma anistia que, como dizem aí, até futura? Então é difícil saber. Primeiramente tem que ver o texto que está querendo discutir e o texto que irá para o plenário apreciar. O que eu acho errado é não colocar para discussão. Tem que ir para discussão e aprovar ou rejeitar”, declarou.
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Apesar da defesa do debate, Ananias admite que ainda há "desorganização" entre os aliados de Bolsonaro quanto ao formato da proposta. Nos bastidores, aliados de Bolsonaro acreditam que o voto contrário do ministro Luiz Fux à condenação do ex-presidente pode servir como combustível para uma guinada na tramitação do projeto de anistia. A proposta, que ganhou força neste semestre, é tratada como prioridade pela oposição e tem contado até com a participação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nas articulações.
“Não tem um texto ainda definido que vá para o plenário. O que há são especulações: um texto apresentado por um, outro elaborado por outro, um que está sendo feito pelo Davi Alcolumbre. Essa falta de coesão prejudica”, avaliou.
A pressão pela votação cresceu no Congresso após o julgamento no STF. O vice-líder da oposição na Câmara, deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), afirmou que um requerimento de urgência para apreciação da “anistia geral, ampla e irrestrita” deve ser votado na próxima semana.
Em meio a um cenário embaraçado, Ananias Filho ainda criticou a falta de protagonismo do Legislativo em pautas sensíveis, deixando espaço para o que ele classificou como “interferência” do Supremo.
“Quando se fala que há muita interferência do STF, é justamente porque muitas vezes o Congresso Nacional se exime de discutir temas sensíveis. Os 81 senadores e os 513 deputados têm o direito sagrado da representatividade. Eles têm que apreciar. Não pode a pauta ficar restrita a duas pessoas”, argumentou.
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