FACÇÕES TOMAM CONTA 29.10.2025 | 12h00

fred.moraes@gazetadigital.com.br
Reprodução
A maior operação policial realizada no Rio de Janeiro em 15 anos, que resultou na morte de mais de 128 mortos, entre suspeitos e quatro policiais, reverberou fortemente nos corredores da Assembleia Legislativa e entre os deputados estaduais de Mato Grosso. O episódio reacendeu o debate sobre segurança pública, o papel das forças federais e a influência das facções criminosas que, segundo os parlamentares, já ultrapassam as fronteiras do Rio e se espalham pelo estado.
Como mostrou o
, o governador Mauro Mendes (União Brasil) foi um dos primeiros a manifestar apoio público ao governador carioca Cláudio Castro (PL), destacando a necessidade de “enfrentar o crime com coragem”. O posicionamento do chefe do Executivo mato-grossense encontrou eco na Assembleia Legislativa, onde o tom predominante foi de respaldo à operação, mas também de cobrança por mudanças mais estruturais e menos episódicas.
O decano da política mato-grossense, Júlio Campos (União Brasil), lamentou a situação da segurança pública no país e criticou a falta de envolvimento do governo federal.
“Que tristeza ver a situação que chegou o Brasil e o Rio de Janeiro. As organizações tomaram conta e não é só lá, aqui em Mato Grosso também. Ouvi que o governador Cláudio está ressentido pela ausência de apoio federal. Sessenta bandidos e 4 policiais morreram, e mesmo assim não houve presença da União. Concordo com o Mauro: do jeito que está, não adianta. As leis não mudam, e logo que se prende, solta. O sistema é falho”, afirmou.
O discurso mais duro veio de Gilberto Cattani (PL), que defendeu o uso da força e atacou o que chama de “romantização do bandido” por parte de setores da sociedade e da mídia.
“As leis são frouxas, bandidos são tratados como coitadinhos. Falta um Congresso e uma Justiça mais firmes. Sessenta vagabundos a menos não vão mais matar, roubar ou estuprar ninguém. A mídia mostra como se fosse um absurdo, mas existia um exército na favela. Precisamos entender que justiça também é proteger o cidadão de bem”, disse.
Mais cauteloso, o presidente da Casa, Max Russi (PSB) defendeu o enfrentamento ao crime organizado, mas alertou para os riscos do excesso.
“Precisamos agir com rigor, não podemos deixar que o crime avance e domine os espaços. O Rio serve de alerta quanto mais cresce, mais difícil é combater. Mas é preciso equilíbrio. Não dá pra receber bandido com flores, mas também não dá pra colocar em risco a vida de inocentes. O combate tem que ser firme e responsável”, ponderou.
Eduardo Botelho (União Brasil) destacou que a segurança pública precisa ser tratada como uma pauta nacional, sem viés político.
“Concordo com a operação, mas sem politicagem. É um assunto sério, que precisa ser tratado como prioridade de Estado. Segurança é uma demanda de todos de direita e de esquerda. Mas não adianta só operação: é preciso atacar a estrutura financeira das facções. Do contrário, matam hoje, e amanhã outros ocupam o lugar”, analisou.
A operação nos complexos do Alemão e da Penha envolveu mais de mil agentes das polícias Civil e Militar do Rio e teve como objetivo enfraquecer o domínio do Comando Vermelho na região.
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RICARDO - 30/10/2025
OPORTUNISTAS!!!???? SÃO OPORTUNISTAS, AQUI NO MT O TRÁFICO E A BANDIDAGEM ESTÁ A TODO VAPOR, E NADA DE OPERAÇÕES ESPECÍFICAS PARA COMBATER ESSES CRIMINOSOS. JÁ ESTÁ NA HORA DESSES DEPUTADOS COBRAREM DO GOV. ESTADUAL MAIS AÇÃO CONTRA AS FACÇÕES. TEM CIDADES DO INTERIOR QUE ESTÃO DOMINADAS, DOMINADAS. CADÊ A SEGURANÇA PÚBLICA? E TEM QUE DAR RESPALDO PARA AS AÇÕES DA POLÍCIA.
Julio César de Pinheiro Arrais - 29/10/2025
Esses "representantes do povo" deviam se envergonhar, há meses tramita na câmara federal um projeto do Lula de uniformizar as ações contra o crime organizado, visando usar a inteligência e os deputados até hoje não votaram, tentando enfraquecer o governo federal. O povo não se engana, iremos derrotar a extrema direita e governadores que fazem vistas grossos as necessidades do povo brasileiro. Vocês não nos enganam. Esses cadáveres tem a digital de todos que se alinharam a esse governador criminoso do Rio de Janeiro e de São Paulo. Pelo fim da PM e por uma policia unificada e com inteligência nas investigações. Venceremos.
2 comentários