racha no pros 23.05.2021 | 15h35
allan@gazetadigital.com.br
Marcos Lopes
O deputado estadual João Batista (Pros) disse que a alta cúpula do seu partido agiu 'pela costas' ao retirá-lo da presidência da sigla em Mato Grosso. De acordo com o parlamentar, dirigentes da executiva o 'excluíram' de uma reunião realizada com a presença da advogada Gisela Simona e outros membros da legenda em Cuiabá.
Indignado, Batista afirma que só soube do encontro por meio de uma postagem que circulou em um grupo de WhatsApp. "Se havia a necessidade de trocar agora, por que não me ligaram uma semana antes, dois dias antes? Por que o presidente veio para Cuiabá, sentou com a doutora Gisela Simona e com seu grupo político? Eu só fiquei sabendo por foto e grupo de WhatsApp", iniciou.
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Na terça-feira (21), Batista foi destituído da presidência do Pros por força de uma decisão da executiva nacional. A legenda justificou que o mandato do parlamentar havia se encerrado no começo de maio e por isso optou pela formação do comando do partido por um diretório provisório.
No dia seguinte, Gisela Simona declarou ao que Batista estava ciente da posição do Pros e enfatizou que a decisão não era nenhuma surpresa. Batista, por sua vez, alega que seu mandato só acabaria no fim do ano e afirma ter sido 'traído' por seus correligionários.
"O fato em si comprova que foi feito exatamente isso, tendo em vista que um vereador nosso do interior foi comunicado para participar e eu que era o presidente não", complementou.
Ainda segundo o parlamentar, a decisão teria sido motivada por uma insatisfação de Gisela, que foi derrotada ao disputar a Prefeitura de Cuiabá em 2020. No segundo turno, o grupo decidiu apoiar a candidatura do então vereador Abílio Brunini (Podemos), que acabou sendo vencido pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Na época, um dos integrantes do partido, o sindicalista e atual secretário de Turismo, Oscarlino Alves, não seguiu a orientação do Pros e prestou apoio a Emanuel. Na ocasião, Gisela exigiu que Oscarlino fosse expulso da legenda, mas não atendida por Batista.
“A minha análise é que tem todo um contexto envolvido. Tem o fato das eleições de 2022, tem o fato de eu ter me recusado a pedir a expulsão do Oscarlino. Não é o meu papel persegui correligionários e eu acho desleal expulsar um membro que também deu sua cota de sacrifício pelo partido", complementou o parlamentar.
Por fim, João Batista ponderou ainda que vai esperar a 'janela partidária' para decidir se deixa ou não o partido. O deputado alega que já foi procurado e tem conversado com várias legendas.
Segundo ele, o Pros está focado em estruturar uma chapa de deputado federal, o que diverge seu projeto de buscar a reeleição na Assembleia Legislativa. "Já recebi convite de praticamente todos os partidos políticos aqui do estado de Mato Grosso, eles já expressaram a sua solidariedade, nos convidaram para fazer parte e nós vamos analisar o cenário até setembro. Até lá, nós vamos tá conversando, vamos estar analisando o cenário e tomaremos a nossa decisão o ano que vem", finalizou.
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