Gisela diz que não há surpresas e garante que deputado sabia sobre 'troca' no comando do Pros

Considerada uma das principais lideranças do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) em Mato Grosso, a advogada Gisela Simona disse que não vê com nenhuma "surpresa" a destituição do deputado João Batista da presidência estadual da sigla. Em entrevista ao nesta quarta-feira (19), Gisela foi enfática ao afirmar que o colega já estava ciente da posição nacional da legenda e sabia que seu mandato acabaria em maio.

"A saída dele da presidência do partido não é surpresa pra gente, porque inclusive ele sabia disso quando foi pra Brasília. Isso foi conversado com o presidente e o mandato dele terminou dia quatro de maio", declarou.

Na noite de terça-feira (18), João Batista utilizou as redes sociais para manifestar sua indignação com relação a decisão do grupo que o substituiu por um comando provisório. No entendimento do parlamentar, o seu mandato só terminaria em novembro. "Não sei da onde ele tirou essa data, mas o que houve foi essa substituição por uma direção provisória porque nós já estamos pensando nas eleições de 2022 e precisamos constituir uma chapa forte para deputado federal", contestou.

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Em 2020, João Batista trabalhou para alavancar o nome de Gisela, que foi derrotada na disputa pela Prefeitura de Cuiabá. No segundo turno, o grupo decidiu apoiar a candidatura do então vereador Abílio Brunini (Podemos), que acabou sendo vencido pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

Na época, um dos integrantes do partido o sindicalista Oscarlino Alves não seguiu a orientação do Pros e prestou apoio a Emanuel. Na ocasião, Gisela exigiu que Oscarlino fosse expulso da legenda, mas não atendida por Batista.

Nesse contexto, o parlamentar acredita que a mudança tenha se dado porque ele se recusou a expulsar o sindicalista. Gisela, por sua vez, afirma que a mudança já era prevista. A advogada garante ainda que não há nenhum impedimento, caso Batista decida permanecer ou deixar o partido.

Recentemente, o parlamentar chegou a admitir que poderia migrar para outra legenda por conta do entendimento da Executiva Nacional, que está focada em estruturar uma chapa forte para a vaga de deputado federal e já tem Gisela como um forte nome do grupo.

"É claro que ele não vai sair agora porque o mandato dele é do partido. Mas é muito natural que um deputado em um processo de reeleição queira ir para um partido que facilite mais a vida dele. Já o Pros tem um projeto muito forte para federal. Então a gente entende com muita naturalidade que ele é livre e democrático para poder escolher o caminho que for melhor a ele nesse momento. Não tem nenhum impedimento para ele ficar ou para ele sair. Então, as portas estão abertas", finalizou.