COM MÚSICA INFANTIL 10.05.2021 | 18h18

khayo@gazetadigital.com.br
Marcos Lopes/AL_MT/Reprodução
O deputado estadual Gilberto Cattani (PSL) utilizou sua conta pessoal no Instagram para satirizar a morte de 24 pessoas na operação policial realizada no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Na manhã desta segunda-feira (10), o parlamentar parabenizou a Polícia Civil carioca pela ação.
Em sua conta, o deputado postou uma imagem da Rotam com versos em destaque que diziam: "24 bandidinhos foram passear, além das montanhas para traficar. A polícia atirou 'pa pa pa pá', nenhum bandidinho voltou de lá..". Na publicação, o parlamentar ainda utilizou símbolos musicais, indicando que se tratava de uma cantiga.
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Os versos destacados por Cattani, que fazem alusão à canção de ninar "Cinco Patinhos", mostram a perspectiva do deputado sobre o que vem sendo tratado por parte da imprensa internacional como "massacre", "carnificina" e "banho de sangue" no Jacarezinho.
Apesar da postagem de Cattani se referir a 24 pessoas mortas, informações oficiais apontam que o número total de pessoas que faleceram devido à ação já subiu para 29. Questionado sobre o tom utilizado na postagem, o deputado apontou que não teve a intenção de fazer qualquer ligação com o universo infantil.
"Não tem nenhum apelo com a música infantil. Eu simplesmente fiz uma combinação que a gente conhece de longa data aí, porque a polícia fez seu trabalho e eliminou um monte de parasitas", afirmou o parlamentar, que nas redes sociais se identifica como patriota, conservador e bolsonarista.
"Eu não sei se foi o [tom] mais próprio, eu não pensei nisso. Eu simplesmente fiz uma postagem na minha página particular, na minha página que eu sempre fiz e sempre usei falas ou conversas que a gente tem na cabeça. Não tive intenção nenhuma de fazer nesse tom, o tom que eu usei não foi esse", acrescentou.
Nas palavras do parlamentar, "chacina é quando se mata pessoas inocentes". Cattani destacou que defende a polícia em qualquer tipo de situação e disse que, caso morasse no Rio de Janeiro, acharia que a operação foi "excelente".
"Acho que fui uma limpeza muito boa para o estado do Rio de Janeiro. Chacina é quando se mata pessoas inocentes, não quando você chega para uma operação policial em uma favela e é recebido a bala. Inclusive, o primeiro que saiu para fora do carro blindado morreu com um tiro no peito. Eu não vejo desse jeito. A mídia pode falar do jeito que quiser", afirmou.
A operação
Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a operação é resultado de um trabalho de 10 meses de investigação da corporação e tinha como meta cumprir mandados de apreensão e prisão de traficantes.
Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) estão proibidas operações em favelas durante a pandemia da covid-19, salvo "hipóteses absolutamente excepcionais" com sinalização da ação para o Ministério Público.
Diante do número de mortes e da forma como a ação foi conduzida, o ministro Edson Fachi, do STF, determinou ao procurador-geral da República Augusto Aras que abra uma investigação a respeito da conduta dos agentes.
Em jornais internacionais, a exemplo do americano "The New York Times", do inglês "The Guardian", do espanhol "El País" ou ainda do frânces "Le Figaro", o caso foi destaque sobretudo por conta do número de mortes em uma operação policial - que foi tida como a mais letal da história do Rio de Janeiro.
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Pedro M. - 11/05/2021
Carnificina, massacre, banho de sangue é o que esses bandidos mortos faziam com os moradores comuns da comunidade de jacarezinho. Jovem e morador que não entrava na "sintonia da facção" era dizimado. Os bandidos mortos aliciavam e abusavam, como de costume nessas comunidades, de crianças e adolescentes que lhes despertavam a sanha. O trabalho da polícia civil foi louvável, já está confirmado que todos os mortos eram bandidos com passagens pela polícia e que resolveram ir pro enfrentamento e levaram a pior. Foi hilário ver as imagens dos "bandidões" correndo sobre os telhados, fugindo como galinhas assustadas e os prints de mensagens deles pedindo para os moradores saírem às ruas para que não fossem mortos. Foi um dia épico, digno de feriado! Que seja um marco das ações da polícia contra as facções no RJ e Brasil. O Deputado Catanni está de parabéns pela posição. Quanto às classificações da ação pela imprensa nacional e internacional... indiferente. Não se espera nada diferente.
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