09.08.2017 | 11h04
João Vieira![]() Prédio onde está localizada a factoring de Ricardo Novis Neves |
Dentre os alvos dos mandados de busca e apreensão por fraudes na escolha e na execução das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) cumpridos pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (9) na Operação Descarilho, está o empresário Ricardo Padilla de Bourbon Novis Neves e sua empresa, a Factoring Borbon Fomento Mercantil Ltda. Agentes da PF realizaram diligências na casa dele no bairro Santa Rosa e também na empresa localizada num edifício da Avenida Getúlio Vargas, em Cuiabá.
Conforme o Gazeta Digital apurou, essa não é a 1ª vez que o empresário é alvo de uma operação da Polícia Federal. Ele também foi investigado na Operação Ararath que até hoje possui vários inquéritos policiais em aberto investigando um esquema de empréstimos ilegais por parte de empresários e agentes políticos que movimentou, segundo as investigações da PF e do Ministério Público Federal (MPF), pelo menos R$ 500 milhões, tendo o ex-secretário Eder Moraes como pivô, apontado como o mentor de todo o esquema.
Ricardo Bourbon chegou a ser citado pelo delator da Ararath, empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, como um dos sócios da São Tadeu Energética S/A, empresa que recebeu empréstimos ilegais de R$ 14,5 milhões do Bic Banco, outro alvo da Ararath.
Agora, na Operação Descarilho, que investiga crimes de fraude a processo licitatório, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de capitais ocorridos durante a escolha do modal do VLT e sua execução em Cuiabá, tanto a empresa quanto a casa de Ricardo foram vasculhadas por agentes da PF.
Ao Gazeta Digital, o advogado Ricardo Monteiro, que patrocina a defesa do empresário, confirmou as diligências. Garantiu que na residência de Ricardo, não foi apreendido nada. “Nenhum documento, nem computador, absolutamente nada”, atestou o jurista. Quanto às diligências na Factoring Borbon Fomento Mercantil, ele confirma que foram levadas várias mídias. "Como de praxe, foram levados vários HDs de computadores, só as mídias. Da empresa não foram levados documentos”, pontua Monteiro.
Sem acesso aos autos
Ricardo monteiro explicou que não sabe exatamente quais são as suspeitas que recaem sobre seu cliente. Por isso vai protocolar uma petição ainda nesta quarta-feira junto à 7ª Vara Federal, sob o juiz federal Paulo Alves Cézar Sodré, para ter acesso aos autos do inquérito policial. “Vou pedir pra ter acesso aos autos do inquérito. Preciso saber do que se trata”, explica o advogado ao ressaltar que depois poderá falar com mais propriedade sobre as investigações envolvendo o empresário Ricardo Neves..
Sobre a Ararath, ele pontua que a situação do seu cliente é igual a de “todo mundo que teve operações de crédito no Bic Banco”. Informa que a empresa da família de Ricardo fez uma operação junto ao banco e entenderam que a transação financeira poderia ter ligação com os fatos investigados na Operação Ararath. “Ele até hoje não foi denunciado na Ararath. Não tenho notícia de denúncia e nem de arquivamento”, reforça.
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