13.03.2018 | 16h30
Em uma carta em que coloca o seu cargo à disposição, a Secretaria de Saúde de Cuiabá, Elizeth Araújo, fez um desabafo sobre a situação do setor e apontou o contingenciamento, agravado pela crise financeira, e os conflitos internos na secretaria, como motivos para sua saída. Veja a carta no final da matéria.
Chico Ferreira![]() Secretária lamenta crise e brigas na Saúde |
Além dela, outros 13 servidores assinam a carta datada de 9 de março. No documento endereçado ao prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, a secretária aponta que existem diversos fatores que impactam o desenvolvimento do trabalho na Saúde, sendo a falta de recursos financeiros o principal deles.
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Ela afirma que a crise vivenciada é a mais acentuada dos últimos 10 anos e cita que o contingenciamento determinado pelo prefeito nos últimos 14 meses tem afetado o trabalho na pasta.
Segundo ela, a falta de recursos impede não só as ações, como a contratação de profissionais técnicos “mais qualificados” para atuar na secretaria. “Convém esclarecer que o orçamento contingenciado tem nos impedido de operacionalizar as ações administrativas de forma célere, como exige uma Secretaria de Saúde, em que cada segundo é decisivo para salvar vidas”, disse.
A falta de comprometimento dos servidores também tem atrapalhado o andamento do trabalho, segundo a secretária. Ela cita como exemplo o conflito vivido com o secretário-adjunto de Assistência a Saúde, o médico Milton Corrêa da Costa. Diz que foram 14 meses tentando “buscar um entendimento harmonioso” com o adjunto para que ele se comprometesse com a gestão, sendo os últimos 30 dias a pedido do próprio prefeito, sem sucesso.
Luiz Alves![]() Milton Corrêa da Costa e secretária Elizeth |
“Nos manifestamos que após diversas tratativas ao longo deste período em busca de comprometimento, parceria e envolvimento com o Programa de Governo Emanuel Pinheiro, por parte do mesmo, entendemos que não será possível sustentar esta situação”, afirmou.
A secretária diz ainda que está preocupada “com todo o reflexo que esta situação está causando à gestão como um todo”, mas afirma que respeita a escolha dos nomes à frente da administração de Emanuel e, por isso, coloca seu cargo à disposição.
Elizeth deixa o cargo em meio à crise da falta de medicamentos e insumos básicos nas unidades de saúde, bem como a superlotação no Pronto-Socorro da Capital. Pelos menos 249 tipos de medicamentos estão em falta na rede pública. Para sanar o problema, a secretária lançou um contrato emergencial no valor de R$ 30 milhões e um pregão de R$ 130 milhões, que ainda está em andamento.
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Apesar do pedido de exoneração, o prefeito Emanuel Pinheiro ainda não se manifestou quanto à saída da secretária. Porém, nos bastidores o nome cotado para assumir a chefia é o do médico Huark Douglas Correia, que atualmente está vinculado no Hospital São Benedito.
Veja o documento:
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