vídeo do paletó anulado 03.07.2024 | 09h52
redacao@gazetadigital.com.br
Mariana Silva
Um dia após a Justiça Federal anular o vídeo em que aparece colocando maços de dinheiro no paletó, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que “o tempo é o senhor da razão” e sua inocência está sendo provada. Em evento nesta quarta-feira (3), o gestor afirmou que a denúncia não passou de uma medida desesperada para que o ex-governador Silval Barbosa e seu chefe de gabinete deixassem a prisão.
“O tempo é o senhor da razão. A Justiça tarda, mas não falha. Sou o político de Mato Grosso mais atacado e desrespeitado, por uma oposição inescrupulosa, que promoveu a condenação antecipada tão logo este vídeo veio a publico, no começo no mandato”, alegou.
O vídeo veio à tona em 2017, quando o ex-governador firmou delação premiada junto ao Ministério Público Federal (MPF) e que foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na época, o ministro relator do processo, Luiz Fux, classificou a delação como “monstruosa” pelo volume de crimes citados e pessoas envolvidas.
“Vou provar que a acusação está fora de contexto e não condiz com a verdade, pelo menos na parte com Emanuel Pinheiro. Não quiseram saber, promoveram ataques com interesses políticos partidários. Do poder pelo poder. Agora a Justiça anula aquele vídeo, que era a única ‘prova’ contra o Emanuel Pinheiro”, argumentou o prefeito.
No vídeo, vários políticos aparecem recebendo dinheiro das mãos do ex-chefe de gabinete de SIlval, Silvio Corrêa. Foi na sala dele que a filmagem foi feita, com câmera escondida nos móveis. Na delação, Silval garante que o dinheiro era de propina paga por ele aos deputados estaduais para que aprovassem as propostas do governo. Na época estavam em andamentos obras para a Copa do Mundo de 2014. Ele afirma que cada parlamentar recebeu ao menos R$ 600 mil, divididos em “mensalinhos” de R$ 50 mil no ano de 2013.
O prefeito se defende e nega recebimento indevido. Ela alega que o dinheiro era referente a dívida de campanha que Silval tinha com seu irmão, Marco Polo Pinheiro “Popó”, que atua em publicidade política.
“Essa denúncia só aconteceu para livrar da prisão o ex-governador e seu chefe de gabinete. Dois réus confessos, com condenação muito grande, que, no desespero, fizeram uma delação injusta”, garantiu o prefeito.
Com a nulidade do vídeo, ele não serve como prova em nenhuma ação contra o prefeito e pode beneficiar os demais delatados pelo ex-governador.
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