27.04.2017 | 16h47
O deputado federal Fábio Garcia (PSB) foi destituído do cargo de presidente estadual do partido, na tarde desta quinta-feira (27). O fato é decorrente da postura dele na votação da reforma trabalhista na Câmara Federal, que ocorreu entre a noite de quarta-feira (26) e esta madrugada.
Reprodução![]() Com o deputado, caem todos os demais membros do diretório estadual. Diretoria nacional vai escolher novos representantes |
Fábio Garcia votou a favor da reforma proposta pelo Governo federal, transgredindo a orientação do partido, que decidiu voto fechado de sua bancada contra a reforma. Segundo o diretório nacional do PSB, o parlamentar foi comunicado por telefone pelo presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, há menos de uma hora.
A destituição de Garcia também foi confirmada pela assessoria de imprensa dele ao Gazeta Digital. O deputado não comentou o fato pois está em viagem para Porto Alegre do Norte (1.125 Km ao Nordeste de Cuiabá), onde participará da Caravana da Transformação, evento do governo estadual, e está sem sinal de telefone.
Além do mato-grossense, outros quatro deputados federais que votaram a favor da reforma trabalhista também foram destituídos da presidência estadual. São eles: Danilo Forte, do Ceará; Maria Helena, de Roraima e Teresa Cristina, de Mato Grosso do Sul e líder do partido na Câmara.
No total de 30 deputados federais do PSB presentes na votação desta madrugada, 14 foram contra a orientação do partido e correm o risco de serem expulsos da entidade. Isso depende de uma representação por parte de qualquer filiado junto à comissão de ética, que julga os casos em processos internos.
A destituição de Fábio Garcia do cargo de presidente estadual traz consigo a retirada de todos os membros da diretoria local. Isso porque o diretório é, na verdade, uma comissão provisória, indicada pelo diretório nacional, que pode, a qualquer momento, em caso de transgressão à regras partidárias, destituir o staff regional.
Em estados onde a base eleitoral, ou seja, o número de votos do deputado federal supera 5% do total de votos ao cargo, quem comanda o partido na unidade federativa é um diretório permanente, eleito pela base do partido em um congresso de filiados. Nesse caso, a diretoria nacional não tem o poder de destituir os membros.
Nos próximos dias, uma nova comissão provisória deve ser escolhida pela cúpula nacional do partido para conduzir os trabalhos em Mato Grosso.
Ainda na tarde de quarta-feira (26), antes da votação da reforma na Câmara, Fábio Garcia e outros deputados federais favoráveis à proposta do governo se reuniram com o presidente nacional, Carlos Siqueira, para pedir que eles fossem liberados para votar conforme sua consciência. No entanto, isso não foi concedido porque o voto fechado da legenda foi deliberado pela Comissão Executiva Nacional, que levou em consideração o histórico do partido nas lutas sociais e trabalhistas.
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Gilmar - 27/04/2017
Que vergonha, deputado! Que decepção! Sem palavras, seu vendilhão! Sabia que em Cuiabá já há várias empresas admitindo abertamente para seus empregados que após a "reforma" trabalhista vão demitir todos e só contratar temporários? É o caso da empresa do meu irmão, que pode perder o emprego onde trabalha há 20 anos por causa de um almofadinha como o Senhor!!
lulu - 27/04/2017
acho é pouco. Tinha que ser expulso.
2 comentários