mais desgaste que vantagem 05.11.2025 | 18h50

fred.moraes@gazetadigital.com.br
Fred Moraes/ GD
Com foco em obter a maior bancada no Congresso e reforçar interesses em Brasília, a Federação União Progressistas, formado pelo União Brasil e o Partido Progressistas (PP), caminha para a estaca zero, mesmo com eventos anunciando o grupo político aos 4 quatro cantos do país. A informação foi revelada pelo deputado estadual Júlio Campos (União), na manhã desta quarta-feira (5).
De acordo com o deputado, na direção nacional da sigla há quem anda torcendo o nariz, mesmo com o encaminhamento da federação para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a disputa na eleição em conjunto. A decisão final seria tomada nesta quarta.
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“Talvez nem a federação vá sair. Já está um barulho muito grande, rejeição ao fazer federação do PP com o Progressistas. Até agora não foi oficializado no Tribunal Superior Eleitoral. E também pode não ocorrer. Estamos resolvendo também demais esse problema. Há poucos dias já estava decidido. Agora voltou para trás”, disse o deputado rapidamente.
Ao nível nacional, corre a informação de que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), se reuniria com o presidente nacional do partido, Antônio Rueda, em Brasília, para defender o encerramento da federação. A reunião deve servir como uma “prévia” antes da convocação oficial da executiva.
O governador goiano entende que a união entre as duas legendas gerou mais conflitos do que resultados positivos, diante da disputa de quem comandaria regionalmente os respectivos grupos, o que causou desgastes.
“Isso não traz um bom relacionamento. Trouxe muito mais discórdia, muito mais perda de parlamentar”, afirmou o político ainda na terça-feira (4).
Para Caiado, cada partido deve manter sua autonomia regional. “Cada partido quer ter sua independência territorial. E se tem algo que não deu certo, foi isso. Estamos vendo crise no Paraná, em Santa Catarina, em São Paulo. Esse processo acaba desgastando mais os partidos e os tornando menores do que o planejado”, declarou.
Costurada ainda no início do ano e anunciada em abril, a bancada do União Progressista seria a maioria da Câmara, com 109 deputados. A junção do União Brasil com o PP desbancou o PL, com 91 parlamentares, e a federação PT, PCdoB e PV, com 80. No Senado, serão 14 senadores, empatado com PSD e PL. A fusão é vista como estratégia eleitoral visando 2026.
Em caso de rompimento antes do prazo mínimo, as siglas ficam proibidas de formar uma nova aliança.
Representatividade no Estado
Em Mato Grosso, o União Brasil possui representantes em 60 prefeituras, enquanto o PP tem 3, sendo elas Arenápolis, Porto Estrela e Nova Marilândia.
No senado, Jayme Campos representa o União Brasil. Na bancada federal somente Coronel Assis é do União. Dentre os representantes estaduais do União Brasil na AL estão o deputado Eduardo Botelho, Júlio Campos, Dilmar Dal Bosco e Sebastião Rezende. Já do PP, o deputado estadual Paulo Araujo.
Na Câmara de Vereadores de Cuiabá, são do União a vereadora Michelly Alencar, Cezinha Nascimento, Dilemário Alencar. Do PP, somente o vereador Demilson Nogueira. Na de Várzea Grande estão Jânio Calistro (UB), Rosy Prado (UB), Charles da Educação (UB) e Enfermeiro Emerson (PP).
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