31.08.2017 | 09h39
O deputado estadual Mauro Savi (PSB) afirmou durante sessão vespertina da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (30), que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) está fantasiando as histórias contadas em sua delação premiada. O socialista é citado em alguns esquemas como o chamado “mensalinho” a parlamentares e fraudes no Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
JL Siqueira![]() Deputado Mauro Savi |
"Temos uma pauta extensa, projetos de grande avanço e precisamos continuar a cumprir o nosso papel. Eu confesso que até imaginava isso, mas não pensei que uma pessoa que se diz comandante da quadrilha, pudesse fantasiar tantas coisas e que essas coisas seriam colocadas como verdade", disse.
Savi ainda ressaltou que o valor tratado para que o peemedebista devolva no acordo de delação premiada é pequeno perto do que o ex-governador roubou do Estado. "Eu não tenho preocupação nenhuma, meu nome foi colocado com caneta. Mas é triste, porque pelos números ele roubou mais de R$ 1 bilhão e vai devolver só R$ 70 milhões. Esse dinheiro tem que ser devolvido, tem que verificar realmente quanto foi lesado e cobrar esse dinheiro de volta", reclamou.
Mensalinho
Conforme as delações de Silval Barbosa e seu ex-chefe de gabinete Sílvio Cézar Corrêa Araújo, entre os anos de 2012 e 2013, houve um acordo de pagamento de R$ 600 mil para cada deputado estadual, o dinheiro era oriundo de propinas pagas por empresas que mantinham contrato com o Estado.
Os pagamentos eram feitos geralmente em dinheiro e no gabinete de Sílvio, que revelou que a maioria dos deputados iam pessoalmente buscar a parcela mensal do acerto. Algumas vezes, Sílvio precisava ir até a Assembleia fazer os pagamentos. Alguns dos repasses feitos no Palácio Paiaguás foram gravados por Sílvio e entregues à Justiça juntamente com as delações.
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Fraudes no Detran
Segundo a delação de Silval Barbosa, havia um acordo político desde o governo de Blairo Maggi (PP) em que a indicação para o comando do Detran era efetuada pelo então partido deste, o Partido Republicano (PR), através do deputado estadual Mauro Savi, que naquela época também era republicano.
O irmão de Silval, Antônio Barbosa, também delatou que Mauro Savi utilizava uma empresa de consultoria para receber propina e dizia que repassava parte do dinheiro ilícito para Silval Barbosa, o que foi negado por este.
Mas após tomar conhecimento, o então governador mandou que seu irmão passasse a receber a parte que seria destinada a ele, conforme Savi dizia.
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