futuro indefinido 03.06.2025 | 19h10

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Secom-MT
O governador Mauro Mendes (União) reiterou sua decisão pela descontinuidade das atividades prestadas pela Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá com a transferência de todos os serviços para o Hospital Central. Durante coletiva à imprensa nesta terça-feira (3), comentou que não vê viabilidade em manter o local, visto o alto custo do aluguel do imóvel pago mensalmente pelo Estado e pelo fato do governo já gerir outros hospitais na capital.
“O governo vai transferir todos os serviços da Santa Casa, ampliando todos os serviços para o hospital Albert Einstein, que vai ser operado no Hospital Central. O governo já assumiu o Hospital do Câncer, o governo vai assumir essa semana o Hospital Geral. Então nós estamos remodelando. Não tem porque o governo ficar com uma unidade que custa caro. O aluguel ali custa hoje mais de R$ 400 mil por mês. Nós não temos essa necessidade”, endossou.
Segundo Mendes, o governo de Mato Grosso, na Baixada Cuiabana, tem a gestão de 4 hospitais. Ele recordou que quando foi prefeito de Cuiabá, não havia nenhum que fosse gerido pelo Estado, além do Hospital Metropolitano, que na época tinha capacidade para 50 leitos.
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“Hoje o Metropolitano tem quase 250 leitos. Nós vamos ter o Hospital Central, Hospital do Câncer gerenciado pela secretaria, Hospital Geral gerenciado pela secretaria. Então, assim, é uma realidade totalmente diferente. Não dá para pensar que nós vamos ter cinco hospitais aqui, seria algo inimaginável”, acrescentou.
Questionado se os equipamentos poderiam ser doados para a saúde municipal da capital, o governador salientou que não haveria problemas em doar, mas que busca uma solução que atenda o interesse público. “O governo não tem problema de doar isso para A ou para B, ou C, para prefeitura. Tem que ter uma boa solução que atenda o interesse público. Toda boa solução que atenda o interesse público, o Governo vai ser parceiro”, disse.
No último mês a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), parlamentares, sindicatos e entidades debateram sobre o destino da unidade hospitalar em audiência pública na AL, no entanto, até o momento não há sinalização de interesse do governo do Estado ou da prefeitura de Cuiabá pela continuidade dos serviços no espaço.
A Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá é um hospital filantrópico de propriedade de uma associação de mesmo nome. Desde maio de 2019, após crise financeira da entidade, o estado administra o hospital por meio de uma requisição administrativa dos bens e serviços, e passou a chamar a unidade de Hospital Estadual Santa Casa.
A Justiça do Trabalho avaliou o prédio da Santa Casa de Cuiabá em R$ 78 milhões. Há um acordo em andamento no Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT-23) para que o prédio seja vendido ou leiloado para quitar dívidas trabalhistas com 860 ex-funcionários, que somam mais de R$ 50 milhões. Desse total, ainda falta pagar R$ 43,7 milhões aos trabalhadores demitidos do hospital filantrópico.
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