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projeto não avançou 31.03.2025 | 16h20

Mendes critica Marina e cobra Lula para tratar da Ferrogrão

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Aprosoja-MT

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O governador Mauro Mendes (União) expôs descontentamentos e cobrou reunião com o presidente Lula (PT) para tratar da Ferrogrão, ferrovia que formará um dos principais corredores de exportação do Brasil pela Bacia Amazônica.
Em entrevista ao podcast da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), o chefe do Executivo fez duras criticas ao setor ambiental do governo federal, em especial à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

 

Leia também - Mendes critica cultura do 'não pode' e diz que indígenas dependem de 'esmolas' por não poderem trabalhar


“Nessa história da Ferrogrão, eu tô meio ‘pê da vida’, porque o presidente Lula nos chamou lá e pediu que os governadores entregassem 4 projetos prioritários. Consultei as associações e políticos e, com base nisso, levei ao presidente a Ferrogrão, a BR-168, BR-080 e BR-242. Pelo amor de Deus, até agora pouca coisa andou”, reclamou Mendes, na última sexta-feira (28). 


O governador acusa a área ambiental do governo de agir contra o projeto, impedindo o avanço por supostas preocupações ambientais e indígenas.

 

“Vamos botar nome nos bois: a ministra Marina é contra. Cara, é um absurdo, esse é o pseudo-ambientalismo. É aquele que fala que defende o meio ambiente, mas, na verdade, defende interesses daqueles que jogam contra o Brasil. Não tem cabimento falar que está preocupado com o meio ambiente e abrir mão de uma ferrovia para queimar muito mais óleo diesel e colocar um mundaréu de caminhão na estrada. É uma decisão totalmente equivocada. O que estão fazendo é tirar a competitividade”, disparou.


Mendes também rebateu alegações de que a Ferrogrão impactaria em comunidades indígenas. “Criam narrativas mentirosas, dizem que tem uma reserva indígena. Pelo amor de Deus, gente. Tem umas pessoas declaradas de uma etnia que moram dentro da cidade de Miritituba, num bairro. Quer dizer, o cara não tá numa reserva no meio do mato”, alegou.


O governador ainda afirmou que já solicitou uma audiência com Lula para tratar do assunto, mas que aguarda há dois meses sem resposta. “Falar com a Marina não adianta, falar com o Ibama não adianta, falar com o ministro não adianta. Então vamos tentar falar com quem decide para ver se adianta ou não. Mas pedi essa audiência há dois meses, e até agora nada. Se o governo não quer fazer, que assuma logo, para, pelo menos, não perdermos tempo”, criticou.

 

O impasse da Ferrogrão

A Ferrogrão foi concebida como uma alternativa mais barata e sustentável para o escoamento da soja e do milho do Centro-Oeste até os portos da Amazônia, reduzindo a dependência do transporte rodoviário. O traçado prevê um percurso de quase mil quilômetros, ligando Sinop (MT) a Miritituba (PA).

 

No entanto, o projeto enfrenta uma série de obstáculos ambientais e jurídicos. Lideranças e organizações apontam que a ferrovia atravessa 17 unidades de conservação e pode afetar seis terras indígenas, além de três áreas com a presença de povos isolados. Uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contesta a legalidade da Lei nº 13.452/2017, que alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim para permitir a construção da ferrovia. A Advocacia-Geral da União (AGU) já reconheceu a inconstitucionalidade da lei.

 

Em setembro de 2023, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a suspensão da tramitação do processo por seis meses para a realização de novos estudos sobre os impactos da obra. Desde então, o projeto segue sem avanços significativos, alimentando o embate entre ambientalistas e setores do agronegócio interessados na sua implementação.

Com o impasse, a expectativa recai sobre uma possível decisão do presidente Lula, que pode destravar ou definitivamente enterrar o projeto. Enquanto isso, Mauro Mendes segue pressionando por uma definição clara do governo federal sobre o futuro da Ferrogrão. 

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Comentários

Alberto - 31/03/2025

Esse Mauro Mendes só sabe criticar quem defende o meio ambiente. Se deixassem por conta dele, já teria destruído o morro de Santo Antônio o Rio Cuiabá e outros

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