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Deu em A Gazeta 08.06.2020 | 08h58

Polícia apura 'farsa' em grampos na Assembleia

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João Vieira

João Vieira

As investigações sobre os equipamentos análogos a escutas clandestinas encontrados na presidência da Assembleia apontam para uma possível ‘farsa’. Pelo menos esta é a hipótese que as investigações da Polícia Civil têm percorrido de acordo com os depoimentos colhidos até o momento.

 

Conforme a reportagem do jornal A Gazeta apurou nos bastidores, as escutas e materiais análogos à câmera de vídeo teriam sido implantados por pessoas de fora da ALMT. Os policiais também já sabem que a primeira história contada sobre os grampos seria apenas uma ‘estória cobertura’ para se chegar a outros objetivos.

 

Ao contrário do que informa o boletim de ocorrência aberto sobre a descoberta, que ocorreu no dia 17 de abril, a ‘nova grampolândia’ não foi descoberta por um policial civil e sim por uma equipe técnica com a anuência da presidência do legislativo.

 

Os investigadores da Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat) já sabem que quem descobriu os grampos não foi quem registrou o boletim de ocorrência, Heleno Xavier de Oliveira, motorista do deputado Eduardo Botelho (DEM).

Além disso, os investigadores também já possuem imagens de câmeras de segurança do circuito interno de monitoramento do legislativo estadual que gravaram uma visita desta equipe especial um dia antes dos grampos serem descobertos.

 

Depoimentos de policiais militares colhidos pelos investigadores há menos de uma semana dão conta de que esta equipe simplesmente “desconfiou” de que Botelho estaria grampeado e pediu a ele que verificasse a existência ou não de equipamentos no gabinete e nos arredores. Esta história provocou desconfiança nos investigadores da Gecat, que têm colhido diariamente depoimentos sobre o caso. Os delegados que tocam a investigação estranham que a presidência não tenha solicitado uma varredura da própria Coordenadoria Militar, responsável por fazer este tipo de trabalho e detentora de um equipamento israelense de varredura para encontrar arapongagens que custou cerca de R$ 300 mil.

 

Varreduras periódicas no gabinete
Quando os grampos foram descobertos, Botelho declarou que pede para fazer varreduras a cada 6 meses, mas já se sabe que não foi o chefe da Coordenadoria Militar, Henrique Santos, que encontrou os equipamentos e, conforme ele mesmo informou à imprensa, não havia nenhum pedido de varredura do tipo no gabinete do presidente.

 

O fato de o chefe da Coordenadoria Militar, Coronel Henrique Santos, não possuir chaves do gabinete de Botelho, de acesso exclusivo pela presidência do legislativo e o fato da coordenadoria se encontrar muito distante da presidência afastam a hipótese de que estes fios seguiam para lá.

 

Por tudo isso é que a informação de que os grampos foram encontrados por outra equipe que até então não havia aparecido na história modificou o teor das perguntas feitas pelos policiais às testemunhas.

 

Em reunião com deputados, Botelho chegou a demonstrar irritação ao contar que investigadores fizeram perguntas a uma servidora da ALMT que deixaram transparecer a suspeita de que o grampo pode ter sido colocado pelas mesmas pessoas que o encontraram.

 

Apesar disso, a exclusão total da hipótese de que os grampos foram feitos por alguém de dentro da ALMT depende dos resultados apresentados em um laudo feito pela Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec-MT), que esteve no local onde os equipamentos foram encontrados.

 

Como trata-se de um inquérito sigiloso é bem provável que o resultado não venha a público tão cedo e permaneça restrito aos policiais que tocam o caso. Nos bastidores, teme-se que o trabalho investigativo interfira na eleição da Mesa Diretora, que vai ocorrer nesta quarta-feira (10).

 

E, por outro lado, os investigadores temem que o trabalho seja atrapalhado pela forte influência política que envolve a história e que tem, em seu centro, nomes que podem ou não ter ligação com o próprio grampo.

 

Por enquanto, os investigadores já conseguiram mapear estes interesses políticos, tanto dentro da Polícia Militar, quanto dentro da própria ALMT, mas ainda não conseguiram verificar se estes interesses possuem ou não ligação com os grampos.

 

Outro lado
O presidente da ALMT, Eduardo Botelho e os demais membros da Mesa Diretora preferem não se manifestar durante as investigações sigilosas por parte da Polícia Civil.

 

Leia mais notícias sobre Política de MT na edição do Jornal A Gazeta

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Comentários

ROSINO BOMFIM - 08/06/2020

RENOVAÇÃO JÁ !! SUCESSIVAS REELEIÇÕES SÃO PREJUDICIAIS AO ESTADO..Lembram do Riva ??

1 comentários

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