sem aumento de salário 15.12.2021 | 17h26

allan@gazetadigital.com.br
Divulgação
Atualizada às 18h00 - Os policiais penais de Mato Grosso decidiram, na tarde desta quarta-feira (15), iniciar a greve após a categoria recusar a proposta de aumento salarial do governo do Estado. Com isso, as visitas para os presos ficaram suspensas por tempo indeterminado em todas as penitenciárias.
No fim da tarde desta terça-feira (15), o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen, Amaury Benedito Paixão, se reuniu com o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, para discutir sobre o reajuste.
Durante as negociações, o governo propôs 15% de aumento aos servidores. No entanto, o acordo foi recusado pela categoria, que aponta que a porcentagem é "insignificante" diante dos reajustes que foram não concedidos ao longo dos últimos 9 anos.
"Nós estivemos na Casa Civil, mas a categoria deliberou pela greve uma vez que a proposta foi insignificante diante da defasagem salarial que a gente está sofrendo. Existem uma série de fatores, mas o nosso salário já tem cerca de 9 anos sem ser corrigido. Para reparar o que perdemos, isso geraria uma porcentagem de 80% dentro da tabela que a gente já tem", disse ao
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A categoria apresentou ao governo uma proposta de aumento de salários para os diferentes níveis e classes da carreira. Com a negativa da gestão, os policiais penais não ficaram satisfeitos e decidiram ameaçar a greve. "Se a gente pegar a Polícia Judiciária Civil e comparar com o nosso é possível ver a defasagem que a gente tem. Nós gostaríamos que esse número melhorasse. Toda a proposta que está sendo ofertada na mesa a gente está levando para categoria deliberar. No entanto, esse percentual ofertado pelo Estado não condiz com a nossa realidade", complementou.
Sem visitas
Com a deflagração da greve, serão suspensos os serviços sociais e de escolta, visitas, atendimento aos advogados e todas as atividades externas. Segundo o presidente do Sindspen, só serão mantidos as ativadas essenciais para manter a segurança e o funcionamento do presídios. "Todas as atividades não essenciais ficarão suspensas enquanto não houver um acordo com o governo", disse.
Embate
Na última semana, o governador Mauro Mendes (DEM) criticou a postura dos policiais penais ao comentar sobre o indicativo de greve, que já havia sido anunciado pelos servidores. Em entrevista à imprensa no Palácio Paiaguás, o chefe do Executivo alertou que pretende acionar o Judiciário caso a decisão seja mantida.
"Eu sou um cara que procuro aplicar a legislação vigente. A greve já possui enormes pronunciamentos jurídicos do Supremo Tribunal Federal a respeito. Então tenha a certeza que o Estado de Mato Grosso vai aplicar aquilo que já existe em decisão em todos os tribunais", disse Mendes na última quinta-feira (9).
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Débora Sousa Da SILVA - 19/12/2021
Acho engraçado falam que corre risco dentro de presídio como a civil então escolheu a profissão por que sabendo dos riscos e outra coisa risco é o que estão fazendo podendo provocar raiva dos internos e provavelmente provar rebeliões isso sim que é pior na minha opinião.
Antônio Bernardo - 15/12/2021
Só uma dúvida aqui em Mato Grosso não foi regulamentada a criação da polícia penal por tanto ela não existe aqui então ainda não são policiais coloquem isso nas suas cabeças pois é assim que o governo os vê, vale ressaltar que para a greve aí ele vos chama de policiais mas vocês não tiveram nem a carreira de agente penitenciário extinta ainda entendam cobrem isto também.
2 comentários