Vídeo - Abilio sugere que colegas mulheres têm paixão por Jair Bolsonaro

O deputado federal Abilio Brunini (PL) virou assunto nas redes sociais após afirmar, durante a sessão da CPMI do 8 de janeiro, realizada na última quarta-feira (18), que a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) têm “paixão” e “desejo” pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em vídeo da sessão, Abilio afirma que as colegas de parlamento querem “aumentar” a chance de falar do ex-presidente. Fala foi realizada após a aprovação do relatório final da CPMI, que pede indiciamento do ex-presidente e mais 60 pessoas.

“Vocês não estão nem aí para a investigação de nada. Vocês querem é aumentar a chance de ficar falando do Bolsonaro o tempo todo. Acho que é uma certa 'paixonite' pelo Bolsonaro”, disse Brunini.

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Deputado aproveitou o momento para pedir que Michele Bolsonaro tome cuidado com as parlamentares, pois, de acordo com ele, nutrem uma 'paixonite' por seu marido. 

“Michele, tome cuidado, porque pode ser que a Jandira tenha uma paixão interna incorporada, um desejo interno, um instinto”, afirmou.

Sobre a senadora Eliziane Gama, Abilio chegou a dizer que ela usou o “Bolsonaro” e “bolsonarismo” mais de mil vezes no relatório e que a imagina digitando as palavras com muita paixão. 

“Eliziane mesmo mencionou a palavra Bolsonaro ou bolsonarismo mil e poucas vezes. Imaginem ela digitando com aquele olhar de paixão e fervor, pensando em Bolsonaro e, como não conseguiu alcançar seus objetivos pessoais ou internos, decidiu partir para o ódio”, narrou.

Em resposta ao parlamentar, a deputada federal Jandira Feghali disse que a fala de Brunini representa o “DNA dos bolsonaristas”. 

“A fala que provoca esse direito de resposta, nem merece uma resposta no mesmo nível porque é baixo demais, é muito baixo nível e muito desrespeito, muita desqualificação, e de fato, esse tipo de fala não poderia existir no parlamento brasileiro, isso aqui é um lugar de representação popular, o lugar da democracia brasileira e essa agressão particularmente as mulheres, como tem sido feito aqui, como foi feita agora novamente, é a marca, ta no DNA dos bolsonaristas, agredir principalmente as mulheres. Esse tipo de desrespeito que dá asco, porque não tem civilidade nenhuma, a civilidade não está no tom de voz, está no conteúdo e esse conteúdo não participa da civilização, esse é o conteúdo da barbárie”, finalizou.

Essa não é a primeira vez que Abilio se envolve em confusões com mulheres. Em julho, durante a CPMI, o deputado foi acusado de homofobia contra Erika Hilton (PSOL-SP) e a parlamentar o mandou tratar sua “carência” em outro local. 

“Aconselho que o deputado procure tratar sua carência em outro espaço. Esse espaço é sério, de trabalho e é incompatível com este espaço que somos constrangidas não só pelo deputado Abílio”, disse Erika à época. 

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