aumento de mortes 01.02.2024 | 09h19

redacao@gazetadigital.com.br
João Vieira
Atualizada às 10h13 - Prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disse que o Gabinete de Intervenção transformou o Hospital São Benedito em uma "câmara de gás". Segundo ele, o número de mortes na unidade aumentou durante o período em que o Estado esteve na gestão da Saúde de Cuiabá.
O gestor convocou uma coletiva de imprensa nesta quinta para apresentar a atual situação da Saúde após 10 meses de Intervenção. Segundo ele, a apresentação é apenas uma parte de uma espécie de “dossiê” que o município está produzindo sobre eventuais irregularidades cometidas pelo governo estadual.
"Transformaram o São Benedito em uma câmara de gás, o que aconteceu para dobrar o número de óbitos, indiscutivelmente algo mais dramático do que já vemos aqui", disse o prefeito.
De acordo com o gestor assistencial do hospital, Pioter Antonito, a unidade recebia pacientes em estado grave de Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) e policlínicas sem a correta regulamentação. “Eles ficavam lá para aguardar uma possível transferência a um hospital de referência. E o hospital não tinha suporte”, disse.
Irregularidades administrativas
O secretário de Saúde de Cuiabá, Driver Teixera, disse que a gestão municipal encontrou “várias situações desconfortantes” após retomar a administração da pasta, que estava sob intervenção do governo do Estado.
“Encontramos muitas coisas tristes e desconfortantes, esse é o levantamento feio até o dia 15 de janeiro, portanto é só um resumo grande, tem outras situações desconfortantes que ainda serão trazidas as claras”, disse o secretário na manhã desta quinta-feira (1º).
Ao detalhar umas irregularidades, o gestor disse que o Gabinete de Intervenção optou por manter contratos emergenciais mais caros, ao invés de utilizar os serviços de empresas que venceram o processo licitatório para atender o município. “Eles estavam trabalhando um contrato emergencial com uma empresa que tinha perdido a licitação, enquanto a empresa vencedora não estava executando o serviço. Isso é muito grave, é um absurdo”, disse ao se referir a uma empresa contratada para fornecer ambulâncias à SMS.
Entre as irregularidades, o secretário de Saúde ainda citou:
- Falta de gestão de processos internos;
- Contratos de bens e consumo com vigência curta;
- Compras volumosas com processo indenizatório;
- Falta de pagamento de fornecedores de serviço;
- Folha de pagamento estourada;
- Irregularidades nas escalas de médicos;
- Falta de medicamentos;
- Falta de dados no sistema do Ministério da Saúde;
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