VG anuncia pontos de venda e Cuiabá não terá peixe santo; 'tem outros lugares baratos'

Atualizada às 18h36 - Moradores da Capital vão ter que atravessar a ponte para adquirir o tradicional peixe santo. Isso porque, pelo segundo ano consecutivo, a Prefeitura de Cuiabá não vai realizar a venda de peixes na Sexta-Feira Santa, ato que costumava oferecer pescado a preços populares durante no dia religioso.

De acordo com o prefeito Abilio Brunini (PL), a decisão foi tomada por conta do alto custo do produto e pela falta de infraestrutura adequada para garantir a comercialização. “No ano passado também não teve. A prefeitura [sempre] vendia o peixe e conseguia ter um peixe com preço mais acessível. Desse ano, o que ocorre: o produto tá muito caro e a prefeitura não tem uma infraestrutura adequada para poder fazer”, explicou o prefeito.

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No ano passado, a programação também foi suspensa pela gestão municipal, após a empresa que forneceria o peixe desistir do contrato firmado com o município. Em entrevista à imprensa, Brunini alegou que há muitas opções de venda na cidade, como alternativas para a população. Além disso, destacou as exigências mais rigorosas da Vigilância Sanitária para a venda de produtos de origem animal.

“Nós temos medidas mais rigorosas da Vigilância Sanitária, vocês devem ter acompanhado algumas decisões. Isso não vem da nossa vigilância local, é determinação da Vigilância Sanitária ao nível federal, estadual e municipal. Eles colocam que tem que ter um tipo de licença diferenciada para poder fazer a venda de produtos de origem animal. Então corria o risco da gente montar um espaço para vender esse peixe e ele poderia não ser aprovado para ter o selo para poder fazer essa venda”, completou.

Enquanto em Cuiabá a tradição foi deixada de lado, em Várzea Grande ela se mantém. A cidade vizinha iniciou na quarta-feira (16) o projeto “VG Santo Peixe”, com a oferta de 15 toneladas de pescado a preços acessíveis para a população. A ação segue nesta quinta-feira (17), das 8h às 18h, e será encerrada na sexta-feira (18) às 12h.

Entre os peixes disponíveis estão a tambatinga e o pintado, vendidos em diversos cortes e valores que variam de acordo com o tipo e preparo.

Os pontos de venda estão distribuídos por cinco locais estratégicos da cidade:
- Praça em frente à Prefeitura – avenida Castelo Branco, nº 2500, Centro Sul
- Praça do Jardim Glória II – rua Lara
- Praça Áurea Braz – rua Ary Paes Barreto, bairro Cristo Rei
- Rotatória do bairro Santa Isabel – avenida Senador Filinto Müller
- Praça Jardim Imperial – avenida Chile, s/n

Confira alguns dos preços praticados:

- Tambatinga eviscerada e escamada: até R$ 21,65/kg
- Tambatinga sem espinha: R$ 29,69/kg
- Tambatinga em bandas: R$ 37,38/kg
- Filé de tambatinga: R$ 56,71/kg
- Ventrecha de tambatinga: R$ 41,46/kg
- Pintado inteiro: até R$ 40,78/kg
- Posta de pintado: R$ 48,76/kg
- Filé de pintado: R$ 59,92/kg

No fim da tarde desta quinta-feira, a Prefeitura de Cuiabá emitiu a seguinte nota:

A Prefeitura de Cuiabá informa que o antigo projeto “Peixe Santo” não acontece desde o ano de 2023. Em 2025, a demanda por pescado será suprida através dos cooperados da Cooperativa dos Pescadores Artesanais (Cooperpesca) no Mercado do Porto, que abrange cerca de 20 bancas, onde estima-se a venda de 70 toneladas.

A decisão segue uma determinação da Vigilância Sanitária e visa garantir a segurança alimentar dos consumidores, considerando a legislação que exige a certificação do produto para a venda. Sendo assim, os produtos devem ter os selos de inspeção, entre eles:

- SIM – Serviço de Inspeção Municipal
- SIAPP – Serviço de Inspeção da Agroindústria de Pequeno Porte
- SISE – Serviço de Inspeção Estadual
- SIF – Serviço de Inspeção Federal