'cagando na cabeça do povo' 23.09.2025 | 11h42
allan@gazetadigital.com.br
Reprodução
Vereadores de Várzea Grande detonaram o secretário de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana, Lucas Chapéu do Sol e a gestão Flávia Moretti (PL) durante protesto de funcionários da limpeza da cidade, na sessão desta quarta-feira (23). Os discursos inflamados ocorreram diante da demissão de 150 servidores, após o município romper o contrato com a empresa que realizava o serviço.
Na tribuna, o vereador Wender Madureira Filho (Republicanos) foi um dos mais duros. Ele acusou a prefeita de desvalorizar os moradores da cidade e ironizou o tratamento dado ao povo. “É isso que a prefeita sempre tá trazendo o nosso povo da Várzea Grande. Sempre trazendo pessoas de fora do outro estado e desvalorizando todas as pessoas, pai e mãe de família que tá aqui”, disparou.
Em seguida, Madureira afirmou que a gestão “caga na cabeça do povo” e tirou uma banana do paletó em forma de protesto.
“Cadê o Lucas que também que foi eleito pelo povo, que é um companheiro nosso, que era para poder lutar junto com a gente? Lucas, tem que conversar com a Câmara Municipal para não chegar a esse ponto. Eu estou entendendo a leitura da prefeita. Tá esperando virar um caos, um caos em Várzea Grande cheio de lixo novamente para poder fazer uma adesão milionária. Desculpa, isso é cagar na cabeça de todo mundo aqui em Várzea Grande, porque é isso que vai acontecer”, disse.
Na sequência, o presidente da Câmara, Wanderley Cerqueira (MDB), também criticou o secretário Lucas Chapéu do Sol.
“Chega de ata milionária, tem que fazer pregão eletrônico e quem ganhar, ganhou. Não pode é colocar mais uma ata milionária. Isso aí nós não vamos aceitar, seu Lucas. Está lá em Brasília? Tá fazendo o quê em Brasília, Lucas? Esse pessoal aqui tudo desempregado e vossa excelência em Brasília, meu amigo. E não adianta me ameaçar por celular não, Lucas. Na gestão passada, passado, vossa excelência, me ameaçou por celular. Mas eu ia responder para você na tribuna desta casa, porque eu sou muito homem, Lucas. Vamos fazer cumprir a lei”, disse.
Cerqueira ainda ressaltou que o Legislativo não aceitará contratações emergenciais que beneficiem empresas de fora sem licitação adequada. “155 pais de família tão desempregados agora no final do ano. E já tá trazendo empresa de Goiás. Brincadeira, né, pessoal? Chega de ata milionária, tem que fazer pregão eletrônico. Quem ganhar, ganhou”, disse.
Enquanto os vereadores cobravam a prefeita e o secretário, os trabalhadores protestavam pedindo o pagamento dos atrasados e a manutenção nos postos de trabalho. O fiscal da empresa, Miro Souza, afirmou que a Prefeitura deve quatro meses de repasses e alertou que os trabalhos temem ficar até mesmo sem a rescisão.
“Hoje nós estamos aqui manifestando a demissão de 150 funcionários. São pais de família que precisam retornar ao trabalho. Só que como com essa decisão da prefeita de rescindir o contrato, nós estamos a mercê, sem emprego e agora com a rescisão pra todos os funcionários. Como a prefeitura deve 4 meses, repasse para empresa pra que possa ser feito esse acerto com os funcionários”, disse o fiscal da empresa, Miro Souza.
Outro lado
A Prefeitura de Várzea Grande, por meio da Secretaria de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana, esclarece que não possui qualquer pendência financeira com a empresa Eletroconstro, prestadora de serviços terceirizados.
Todos os pagamentos referentes ao exercício de 2025 estão devidamente quitados e em dia, conforme previsto em contrato. Portanto, eventuais demissões ou manifestações de funcionários da referida empresa dizem respeito exclusivamente à gestão interna da mesma, não tendo relação com a Prefeitura.
Ressaltamos que a administração municipal atua com total transparência e responsabilidade, cumprindo rigorosamente seus compromissos e trabalhando da melhor forma possível para atender a população de Várzea Grande.
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