Waldir Teis desiste de se aposentar e adia ida de Botelho para o TCE

O conselheiro afastado do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), Waldir Júlio Teis, desistiu de se aposentar da Corte de Contas. Ele encaminhou no último dia 3 de agosto uma solicitação para cancelar o pedido de aposentadoria, que havia sido negado pelo presidente da Corte de Contas, Guilherme Maluf.  

Mesmo com a negativa, Teis poderia solicitar um novo pedido de aposentadoria, só que proporcionalmente. Isso porque a negativa recaiu ao pedido de aposentadoria integral, sob alegação de que faltaria alguns documentos necessários para a aposentadoria.   

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Waldir Teis entrou com o pedido de aposentadoria no dia 16 de dezembro de 2020, por tempo de contribuição e pedindo o valor integral da aposentadoria, que é de R$ 35 mil.  A sua desistência de se aposentar esfria as articulações para a indicação de um novo nome para a vaga dentro da Assembleia Legislativa. O mais cotado é Eduardo Botelho (DEM), que afirma que só analisará a situação quando surgir uma nova vaga.  

A vaga de Teis é da Assembleia Legislativa, já que o mesmo foi indicado pelo Legislativo em 2009 a pedido do então governador Blairo Maggi.  

Waldir Teis foi afastado com outros 4 conselheiros pelo STF , durante a 12ª fase da Operação Ararath, denominada Malebolge, deflagrada no dia 14 de setembro de 2017. Ele foi preso no ano passado após ser flagrado jogando cheques em uma lata de lixo durante uma operação da Polícia Federal. Atualmente se encontra em prisão domiciliar.  

Problemas na aposentadoria  

Em 2014 o ex-conselheiro Humberto Bosaipo decidiu de aposentar do TCE. Porém, após pressão do Ministério Público, dizendo que o mesmo não podia por ter sido afastado do cargo, decidiu renunciar.   Apesar disso, a vaga ficou aberta após decisão do STF, por conta de critérios que constavam na legislação para o cargo.  Depois do próprio Legislativo modificar a legislação, a vaga foi reaberta em 2019, onde Guilherme Maluf foi indicado para a Corte de Contas.  

Em 2017, o conselheiro Antônio Joaquim ingressou com um pedido de aposentadoria dias antes de ser alvo da Operação Ararath, que culminou no seu afastamento da função de conselheiro.  Diante do pedido, o governador da época, Pedro Taques, decidiu consultar o Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito do pedido de aposentadoria, já que foi a Corte Suprema quem havia afastado Antônio Joaquim.  

Após um parecer contrário da PGR, o ministro Luiz Fux, decidiu negar a aposentadoria ao conselheiro, que mais tarde desistiu do pedido.