'deveriam estar nas ruas' 29.10.2025 | 15h37

allan@gazetadigital.com.br
Allan Mesquita
O deputado estadual Wilson Santos (PSD) criticou o alto número de policiais militares cedidos para atuar em órgãos públicos e gabinetes de autoridades. Em entrevista à imprensa, o parlamentar disse que esses profissionais deveriam reforçar o policiamento nas ruas.
“Tem mais de 600 policiais militares à disposição dos poderes. Aqui mesmo [na Assembleia] tem mais de 70. Talvez eu seja o único deputado que não tenho policiais para me assessorar. Eu não tenho segurança. Nunca tive, aliás. E não teria coragem de requisitar um policial da ativa para cuidar de mim e da minha família”, afirmou o parlamentar.
A declaração foi feita nesta quarta-feira (29) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) quando o parlamentar comentava a segurança no Estado e os conflitos da operação policial realizada no Rio de Janeiro, que já resultou em mais de 128 mortos.
Wilson argumentou que a devolução desses profissionais aos batalhões ajudaria a reduzir os índices de criminalidade no estado. “Se nós devolvêssemos esses policiais da Assembleia, do Ministério Público, do Tribunal de Justiça e do Tribunal de Contas para que eles estivessem na rua, talvez hoje o nível de insegurança fosse menor”, completou.
O deputado também criticou a forma como o governo Estadual tem conduzido as políticas de segurança pública, especialmente no combate aos feminicídios. Isso porque, conforme dados Observatório Caliandra, do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), já foram 45 mulheres mortas em 2025. Os números estão prestes a bater os registros do ano passado, quando os crimes fizeram 47 vítimas no Estado.
“Eu vi uma campanha de que o Estado tem uma mão forte contra os feminicídios, mas só cresce o número de casos. É recorde atrás de recorde e eu só vejo propaganda. Uma coisa é a propaganda e outra é a verdade. O Estado, União e município precisam se assessorar melhor com quem realmente entende de segurança”, afirmou.
Déficit
Conforme noticiou o
, o aumento no número de militares tem sido alvo de cobrança constante entre os parlamentares. Recentemente, o deputado estadual Elizeu Nascimento (PL) afirmou que o efetivo da PM de Mato Grosso permanece praticamente o mesmo de 20 anos atrás, apesar de parte significativa da tropa estar prestes a se aposentar.
Segundo ele, existem cerca de 1.300 candidatos aprovados e aptos a ingressar nas fileiras da corporação, mas ainda aguardando convocação por parte do governo do Estado.
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