protestos 09.09.2021 | 08h27
Foto: Reprodução/Facebook
Em um áudio gravado no final da noite desta quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro amenizou o discurso e fez um apelo aos caminhoneiros para que não parem o país.
Após as falas do presidente do 7 de Setembro, rodovias próximas a Brasília e de outros 16 estados foram interrompidas pela categoria, o que gera risco de desabastecimento.
"Fala para os caminhoneiros aí que são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham a nossa economia e isso provoca desabastecimento, inflação, prejudica todo mundo e, em especial aí, os mais pobres. Então, dá um toque aí nos caras, se for possível, e vamos liberar, tá ok? Para a gente seguir com a normalidade. Deixa com a gente em Brasília agora. Não é fácil negociar, conversar, por aqui com outras autoridades, mas a gente vai fazer a nossa parte e buscar uma solução, tá ok? E em meu nome dar um abraço a todos os caminhoneiros aí", disse Bolsonaro em áudio.
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Após a divulgação do áudio com o apelo de Bolsonaro aos caminhoneiros, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, divulgou um vídeo, às 22h30, atestando a veracidade do áudio. Ele disse que há questionamentos entre caminhoneiros se o áudio é real e se é uma gravação atual.
"Esse áudio é real, é de hoje e mostra a preocupação do presidente com a paralisação dos caminhoneiros. Essa paralisação iria agravar efeitos na economia, de inflação, que iria impactar os mais pobres, os mais vulneráveis. Nós já temos um efeito hoje nos preços dos produtos em função da pandemia. A inflação hoje tem um componente internacional e uma paralisação vai trazer desabastecimento, vai acabar impactando os mais pobres e mais vulneráveis e prejudicando a população. A gente sabe que há uma preocupação de todos com a melhoria da situação do país, com a resolução de problemas graves. Mas a gente não pode tentar resolver um problema criando outro e prejudicando os mais vulneráveis. Daí a preocupação do presidente da República", afirmou. O ministro conclui pedindo que os caminhoneiros confiem no diálogo.
Antes da gravação, o presidente já havia falado a apoiadores que faria o apelo aos caminhoneiros para que não parassem o país: "Isso não interessa a ninguém".
Pronampe
O presidente também recebeu apoiadores na noite desta quarta-feira e defendeu o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). Segundo ele, “nos dois primeiros meses sem Pronampe, foram perdidos 1,5 milhão de empregos”.
A fala ocorreu enquanto ele tirava fotos com um grupo de pessoas. “Imagina se eu tivesse decretado lockdown? Vieram falar comigo. Se, assim que decretar, o vírus for embora, eu topo”, lembrou.
Um apoiador disse que o programa foi decisivo para a família dele, e Bolsonaro ressaltou: “Foi decisivo para o Brasil”. O presidente não se manifestou muito aos presentes, informando que estava atrasado para duas reuniões.
De acordo com dados do governo federal de dezembro de 2020, o Pronampe beneficiou mais de 500 mil empresas, “dando suporte de garantias para as pequenas empresas conseguirem de fato pegar empréstimos no sistema financeiro durante a pandemia da Covid-19”, informou o Ministério da Economia, em nota.
Ao todo, foram liberados mais de R$ 37,5 bilhões pelo Fundo Garantidor de Operações (FGO), com recursos do Tesouro Nacional, em três fases do Pronampe em 2020.
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