‘abominável’ 10.06.2025 | 16h04
Gustavo Moreno/STF
O STF (Supremo Tribunal Federal) retomou na tarde desta terça-feira (10) o interrogatório dos oito acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022, entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que chegou à sessão com exemplar da Constituição nas mãos.
Durante o interrogatório conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro reafirmou nunca ter tratado de golpe. “Da minha parte, ou da parte dos comandantes militares, nunca se falou em golpe. Golpe é uma coisa abominável”, setenciou.
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“O golpe até seria fácil de começar. O day after [dia seguinte] é que seria imprevisível e danoso para todo mundo. O Brasil não poderia passar por uma experiência dessas”, analisou.
Segundo ele, tratou com militares apenas de medidas dentro da Constituição. Negou ter articulado uma tentativa de golpe de Estado, mas admitiu ter buscado alternativas constitucionais para “atingir o objetivo que não foi alcançado no TSE”.
“Isso foi descartado já na segunda reunião”, ponderou.
Acompanhe:
Lisura das urnas
Bolsonaro também tentou justificar declarações sobre as urnas eletrônicas como parte de um histórico de críticas “dentro da legalidade” e não como um plano de ruptura institucional. Segundo ele, as dúvidas sobre as eleições não eram infundadas, mas sim alimentadas por manifestações legítimas.
“As críticas eram públicas. Mas nunca falei em fraude de forma leviana. Sempre defendi que o sistema deveria ter mais transparência.”
Moraes interrompeu os argumentos relacionados às urnas eletrônicas e “deu uma bronca” no ex-presidente, afirmando que o inquérito em curso não trata de supostas vulnerabilidades do sistema eleitoral, mas sim da tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições de 2022.
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