'abin paralela' 18.06.2025 | 17h17
Alan Santos/PR
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o principal destinatário de ações clandestinas com o uso indevido da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). A informação consta em relatório da PF (Polícia Federal) que estava sob sigilo junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) e se tornou público nesta quarta-feira (18).
Conforme indica o inquérito, a maioria dos usos ilegais da agência teve como fim prestar informações ou atender a pedidos de Bolsonaro. À época, a agência estava sob comando de Alexandre Ramagem, agora deputado federal.
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“Jair Messias Bolsonaro figura como o principal destinatário do produto das ações clandestinas e da instrumentalização da Abin”, diz trecho do relatório.
Como evidência, a PF aponta a nomenclatura de arquivos de documentos direcionados a ele. Entre os exemplos estão “Bom dia Presidente” e “PR Presidente”.
O inquérito também afirma que ações da agência eram voltadas para prestar vantagens do “núcleo-político”, que seriam beneficiados pela agência.
Uso da Abin para fins eleitorais
O relatório também cita, por diversas vezes, que a Abin foi instrumentalizada para produção de ações clandestinas, como monitoramentos, produção de dossiês e disseminação de notícias falsas. Parte dessa produção foi utilizada em ataques contra o sistema eleitoral brasileiro.
“As campanhas de desinformação direcionadas contra o sistema eleitoral foram produzidas com recursos humanos, técnicos e financeiros da Abin”, aponta trecho do documento.
O uso para fins eleitorais também passou pela instalação de câmeras, conforme a PF. “O ataque ao sistema eleitoral, também, contou com o produto da estrutura paralela, por exemplo, no uso de imagens de drones para fins políticos partidários, por exemplo, para defesa do voto impresso. Não somente de drones, mas, também, de câmeras instaladas em todos os ministérios.”
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