evento em 3 meses 03.08.2025 | 11h24
Divulgação/ Instagram
A presidência brasileira da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) reafirmou, nesta sexta-feira (1º) a total empenho na obtenção de resultados concretos — tanto nas negociações diplomáticas quanto na chamada agenda de ação, uma das principais inovações lideradas pelo país.
Faltam pouco mais de três meses para o início do evento, marcado para ocorrer em Belém (PA) entre os dias 10 e 21 de novembro.
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Durante coletiva online nesta sexta, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, enfatizou que, embora a agenda de ação tenha ganhado visibilidade, a diplomacia permanece no centro das conferências climáticas.
“As COPs são medidas pelas negociações. Estamos dedicados a fazer com que o diálogo entre os países avance, inclusive em temas ainda não formalmente incluídos na pauta herdada”, declarou.
Corrêa citou como exemplo a lacuna de ambição nas NDCs (contribuições nacionalmente determinadas), a eliminação gradual dos combustíveis fósseis e o financiamento climático voltado a países em desenvolvimento.
Esses assuntos, segundo ele, têm sido tratados com atenção especial por meio de conversas bilaterais e regionais, com apoio de enviados especiais encarregados de ouvir representantes de diferentes partes do mundo.
Ele também destacou a realização de reuniões preparatórias, como a pré-COP em Brasília, para buscar consensos antes de novembro.
Duas metas
A secretária nacional de Mudança do Clima e diretora-executiva da COP30, Ana Toni, apresentou as duas principais metas da presidência brasileira dentro da agenda de ação.
A primeira é estabelecer uma estrutura transparente de prestação de contas sobre compromissos firmados em conferências anteriores.
“Queremos um sistema claro em que todos saibam o que foi prometido — na COP26, na COP28 — e se essas promessas estão sendo cumpridas. Transparência é uma grande entrega para nós”, afirmou Ana.
A segunda meta envolve a criação de planos de aceleração para soluções climáticas já existentes, como reflorestamento, agricultura regenerativa e corte de emissões de metano. Esses planos incluirão metas escaláveis e prazos definidos.
Negociações técnicas
Ana também comentou o estágio atual das negociações técnicas.
“Saímos de Bonn com rascunhos sobre praticamente todos os temas. São mais de 20 textos, ainda com múltiplas opções e colchetes. Há muito trabalho pela frente. Estamos avançando por meio de consultas bilaterais, eventos regionais e encontros internacionais como a Cúpula do Clima da África, a Assembleia Geral da ONU, a reunião no México e a pré-COP”, explicou.
Segundo ela, a presidência brasileira tem utilizado esses espaços para garantir progresso, tanto em pontos já mandatados quanto em tópicos propostos por delegações que desejam vê-los discutidos. “Sem espaço para essas pautas, corremos o risco de não avançar em Belém”, alertou.
A COP30 deverá reunir cerca de 50 mil participantes, entre chefes de Estado, negociadores, ativistas, cientistas, representantes da sociedade civil e lideranças empresariais.
A conferência marca uma nova etapa após o primeiro Balanço Global do Acordo de Paris, realizado na COP28, e será decisiva para definir como os países irão acelerar a implementação de ações voltadas à limitação do aquecimento global a 1,5 °C.
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