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incomodado com protagonismo 29.03.2023 | 08h26

'Briga' expõe insatisfação de Lira com 'privilégios' constitucionais do Senado

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Billy Boss/Câmara dos Deputados

Billy Boss/Câmara dos Deputados

Perto de completar dois meses, a briga entre Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) tem como plano de fundo a insatisfação do presidente da Câmara com a quantidade de "privilégios" constitucionais que o Senado tem. É o que dizem fontes ouvidas pelo R7 no Congresso.A disputa impede o retorno das comissões mistas que analisam medidas provisórias.

 

Os senadores são responsáveis, por exemplo, por presidir o Congresso, realizar sabatinas com indicados a ministro do Supremo, aprovar indicações de embaixadores e de diretores de agências reguladoras.

 

Leia também - 'Lula continua muito bem de saúde' e com 'evolução muito positiva', diz Padilha


"O sentimento dele [Arthur Lira] é de ser menos privilegiada [a Câmara]. Quando as lideranças [da Câmara] defendem o encerramento das comissões mistas, elas querem manter na Câmara a influência, a prerrogativa de ditar o rito de como as medidas provisórias vão caminhar", disse uma fonte à reportagem.

 

Poder de ditar o ritmo


Sem a instalação das comissões mistas, Arthur Lira é quem está com o poder de ditar quais medidas provisórias serão votadas e quem será o relator dessas matérias. É ele quem está sendo acionado pelo governo federal na hora de negociar aprovações de interesse do Poder Executivo.

 

Na semana passada, em entrevista coletiva, Lira chegou a citar, em crítica a Pacheco, que a Câmara não tem ministérios e que o Senado é o maior interessado em resolver as comissões mistas porque fez as indicações dos ministros. Nos bastidores, é ventilada uma demanda específica de Lira ao presidente por uma indicação ao Ministério da Saúde.


A busca do presidente da Câmara por mais influência política impõe uma mudança estrutural nas comissões mistas, já que acabar com esses órgãos seria inconstitucional. O presidente briga pelo aumento do número de deputados nas comissões, que hoje trabalham com paridade de cadeiras, sendo 12 parlamentares de cada Casa.


Lira quer mudar essa conta de 1 senador para 3 deputados. Pacheco esteve com o presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) nessa terça-feira (28) para achar uma saída para o impasse. Apesar de dizer que buscará o "consenso", Pacheco afirmou que dificilmente os líderes partidários vão acatar essa proposta.

 

Desgastes anteriores


A falta de afinidade entre Lira e Pacheco atrapalha o andamento de pautas importantes desde o governo de Jair Bolsonaro (PL). Em novembro de 2011, Lira teve que cobrar publicamente do Senado a votação da reforma do Imposto de Renda (Projeto de Lei 2337/2021). A Câmara já tinha analisado e votado a matéria em setembro, e quase três meses depois, o Senado ainda não tinha pautado o assunto.

 

Lira não escondeu o desconforto e disse que a atitude de Pacheco quebrava um acordo feito ainda na eleição da Mesa Diretora da Câmara, onde a Câmara votaria a proposta do passaporte tributário, que tramitava no Senado, e os senadores votariam as alterações no Imposto de Renda aprovadas pela Câmara.

 

"É importante que o Senado se debruce logo, precisamos da previsibilidade da PEC [proposta de emenda à Constituição]. Precisamos das reformas como âncoras para o teto de gastos que votamos lá em 2016/2017 porque, sem a reforma tributária e administrativa, não vamos conseguir fazer com que o Brasil tenha perspectiva de despesa controlada" , disse Lira na época.

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