'estratégias conjuntas' 29.10.2025 | 14h48
Foto: Carlos Magno/Governo do Rio de Janeiro
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (29), que aguarda um contato do governo federal para traçar estratégias conjuntas no enfrentamento ao crime organizado, e pediu foco em integração e investimentos no estado para lidar com a questão.
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Um dia após a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão contra o Comando Vermelho nesta terça-feira (28), Castro participou de uma reunião com governadores das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, que demonstraram apoio político ao chefe do Executivo fluminense.
Após a reunião, Castro afirmou que o enfrentamento ao crime organizado é “uma guerra contra um estado paralelo que a cada dia vem se demonstrando mais forte” e que, sozinho, o estado do Rio de Janeiro não tem “condições de vencer”.
Polêmica sobre blindados e GLO
Na terça-feira, o Ministério da Defesa respondeu críticas de Castro, que afirmou que o governo federal teria negado um pedido para que a Marinha disponibilizasse veículos blindados em apoio a ações policiais no estado. Segundo o governador, a solicitação buscava reforçar intervenções em áreas de conflitos violentos e intensos.
A polêmica em torno dos blindados surgiu em meio à megaoperação de ontem. Castro afirmou que o Rio “está sozinho” e sem ajuda do governo federal. Apesar da cobrança, ele informou “não ter pedido forças federais desta vez”.
Em nota enviada após as declarações de Castro, o ministério afirmou que a requisição feita pelo governo fluminense, em janeiro de 2025, foi submetida à análise da AGU (Advocacia-Geral da União).
O pedido estava relacionado ao episódio da morte da médica da Marinha Gisele Mendes, em dezembro de 2024, que foi atingida por uma bala perdida dentro do Hospital Naval Marcílio Dias, na Zona Norte do Rio.
Na ocasião, a Marinha chegou a posicionar veículos blindados no entorno do hospital, dentro do limite legal de 1.400 metros em torno de instalações militares, como medida de segurança para proteger a área e o efetivo.
Segundo a Defesa, a análise técnica da AGU indicou que qualquer atuação dos blindados fora desse perímetro somente poderia ocorrer no contexto de uma Operação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), o que exigiria um decreto presidencial.
Nesta quarta-feira, Castro afirmou que segue aguardando um posicionamento do governo federal, que se reúne hoje para alinhar medidas após a operação policial. “Quem quiser somar com o Rio de Janeiro neste momento no combate à criminalidade é bem-vindo.”
Após a resposta da gestão federal, Castro afirmou que “nem o governador, nem nenhum secretário, vai ficar respondendo ministro e secretário que queira transformar este momento em uma batalha política”. “O recado é: ou soma no combate à criminalidade ou suma”, complementou.
Questionado sobre os blindados, Castro afirmou que os veículos da Marinha são capazes de passar por barricadas, o que seria “fundamental para que o policial entrando não fosse alvo dos criminosos”.
“Não vamos ficar chorando. Se dá para ajudar, ajuda, se não dá, a gente vai tocar a vida”, afirmou o governador sobre a falta dos blindados na operação.
Castro também disse discordar da afirmação de que deveria ter solicitado a GLO, e afirmou que não pretende debater com o governo federal qual instrumento será usado no enfrentamento ao crime organizado, e que isso “é um problema deles”.
“Se o instrumento deles é GLO ou não é, isso é um problema do governo federal. Eu não tenho condição de dizer para ele [governo federal] o instrumento jurídico que ele vai utilizar pra me ajudar”, afirmou.
“Não cabe a governador nenhum pedir GLO, governador tem que pedir ajuda. [...] Seria um desrespeito do governador dizer qual instrumento eles têm que utilizar”, complementou.
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