emissões de gases 07.11.2025 | 14h42
Reprodução/TV Brasil - 07.11.2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou, nesta sexta-feira (7), eventuais “atrasos” para a transição energética e atribuiu um salto de emissões de gases poluentes no mundo à guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
“O conflito na Ucrânia reverteu anos de esforços para redução de emissões de gases de efeito estufa e levou à reabertura de minas de carvão”, declarou. Um relatório recente da ONU (Organização das Nações Unidas) mostra que setor militar emite entre 3,3% e 7% do total das emissões de gases de efeito estufa.
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A colocação foi feita a representeantes de países que participam da Cúpula do Clima em Belém, em posição que defende o uso do lucro proveniente de combustíveis fósseis para a implementação de fontes sustentáveis de energia.
“Direcionar parte dos lucros com exploração de petróleo para transição energética permanece caminho válido para países em desenvolvimento”, afirmou Lula.
A posição do presidente contraria o recomendado por ambientalistas, que apostam na implementação da transição energética desde o início, devido às urgências climáticas.
Na abertura da Cúpula, o diretor-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, destacou que países falharam ao tentar segurar o aumento da temperatura global em até 1,5ºC, com referência ao período pré-industrial.
O representante da ONU também disse que falta “coragem política” de países para abrir mão dos combustíveis fósseis. No caso brasileiro, a exploração do petróleo tem liderado contradições.
Em outra frente, Lula sustentou que países do Sul Global não teriam recursos necessários para a transição, e cobrou financiamento de dívidas a países com menos recursos.
“Um processo justo, ordenado e equitativo de afastamento de combustíveis fósseis demanda acesso na tecnologia de acesso ao financiamento no Sul Global. Há espaço para explorar mecanismos inovadores e troca de dívida por financiamento de iniciativas de mitigação climática e transição energética”, disse.
Petróleo na Amazônia
O posicionamento de Lula sucede celebrações feitas pelo próprio presidente para os avanços concedidos à Petrobras para a exploração de petróleo na Amazônia.
A estatal recebeu, no último dia 20 de outubro, uma licença para pesquisar se há petróleo na região. A liberação contou com uma série de pressões políticas, que dividiu o governo Lula, com apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
O político estava atrás de Lula durante o discurso sobre transição energética feito a líderes globais, ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que também defende a exploração de petróleo apesar dos riscos ambientais.
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