campanha diplomática rebelde 18.08.2025 | 09h37
Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Em entrevista exclusiva ao The Washington Post, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes disse que a Corte Suprema está ‘preservando a democracia brasileira‘ e, portanto, fará ‘o que é certo‘. ‘Não há a menor possibilidade de recuar nem um milímetro‘ disse Moraes em uma entrevista de uma hora em seu gabinete: ‘Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as provas e quem deve ser condenado será condenado, e quem deve ser absolvido será absolvido.‘
Aos olhos do governo americano, Moraes é classificado como um vilão global. ‘Juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal‘, disse o Secretário do Tesouro Scott Bessent. ‘O rosto mundial da censura judicial‘, nas palavras do Secretário de Estado Adjunto Christopher Landau.
‘A acrimônia não é mútua‘, disse Moraes ao jornal americano. O ministro disse que sempre buscou inspiração na história da governança americana, discorrendo sobre as obras de John Jay, Thomas Jefferson e James Madison. ‘Todo constitucionalista tem uma grande admiração pelos Estados Unidos‘, disse o juiz.
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Moraes disse que o Brasil e os Estados Unidos eram amigos e admitiu que acreditava que o crescente abismo entre eles era temporário, impulsionado pela política e pelo tipo de desinformação que ele passou anos tentando reprimir. O ministro citou o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que lidera uma campanha diplomática rebelde instando hostilidades dos EUA contra o Brasil e sanções contra Moraes.
‘Essas narrativas falsas acabaram envenenando a relação - narrativas falsas apoiadas pela desinformação espalhada por essas pessoas nas redes sociais‘, disse Moraes. ‘Então o que precisamos fazer, e o que o Brasil está fazendo, é esclarecer as coisas.‘
Perguntado sobre a perda de liberdades pessoais e restrições de viagem impostas a ele pelo governo dos EUA, Moraes respondeu que ‘isso não é agradável de passar‘. Mas, segundo ele, o Brasil estava contra forças poderosas que queriam desfazer a democracia, e era seu trabalho detê-las. ‘Enquanto houver necessidade, a investigação continuará‘, concluiu.
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