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‘Quem quiser, que saia’ 16.08.2025 | 09h01

‘Turbulência desnecessária’, afirma Lula ao lado de chineses sobre tarifaço

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Ricardo Stuckert/Presidência da República

Ricardo Stuckert/Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (15) que o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros é uma “turbulência desnecessária”.

 

Ao lado de empresários chineses no interior de São Paulo, o petista destacou o comércio Brasil-China ao compará-lo às trocas econômicas brasileiras com os EUA. As tarifas passaram a valer na quarta-feira (6) da semana passada.

 

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Lula declarou que o anúncio da taxação, feito por Trump no início de julho, ocorreu “depois de um momento quase que de provocação”. As primeiras tarifas do republicano ao Brasil, de 10%, foram apresentadas em abril.

 

“A ideia de passar para o mundo que o Brasil é um país horrível para negociar não é verdade. E eu não posso admitir que um presidente de um país do tamanho dos EUA possa contar a quantidade de inverdades que ele tem contado sobre o Brasil”, criticou o petista, durante inauguração da fábrica da montadora chinesa GWM, em Iracemápolis (SP).

 

“O Brasil não é um país rico nem tem o PIB dos norte-americanos ou da China. Mas temos um povo que merece respeito, que tem orgulho de ser o que é e que só pode ser melhor se a gente tiver coragem de resistir às ofensas que fazem a nós“, declarou Lula.

 

Ao comentar a saída de empresas do Brasil, como a montadora norte-americana Ford, em janeiro de 2021, o petista afirmou que “quem quiser sair, que saia”. “Quem quiser vir, estaremos de braços e coração abertos esperando”, acrescentou.

 

Lula voltou a pedir respeito. “Estamos vivendo uma situação que não precisaríamos viver. O Brasil gosta de negociar. Se tem uma coisa que o Brasil sabe fazer é negociar”, destacou, ao elogiar a atuação do vice-presidente Geraldo Alckmin.


Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, comanda as negociações brasileiras com os Estados Unidos e lidera as conversas com empresários brasileiros — por determinação de Lula.

 

“Não dá para aceitar a criação de uma imagem mentirosa contra um país como o Brasil, que não tem contencioso no mundo”, reforçou o presidente.

 

Comércio com a China
Lula aproveitou para destacar o comércio entre Brasil e China, em detrimento da relação brasileira com os EUA.

 

“É importante que as pessoas saibam que o comércio do Brasil com a China hoje é simplesmente de U$S 160 bilhões, contra US$ 80 bilhões do comércio nosso com os EUA”, apontou.

 

O presidente atrelou, ainda, a relação do Brasil com os demais países do Sul Global — representados, sobretudo, pelos Brics — à necessidade de desenvolvimento.

 

“Não temos orgulho de ser pobres. Queremos crescer, nos desenvolver, ter acesso a todas as informações possíveis que a ciência e tecnologia nos dão e a inteligência artificial nos permite. E é isso que faz com que algumas pessoas comecem a ficar preocupadas com o crescimento daqueles que eram tratados como se fossem invisíveis”, acrescentou.

 

Nessa quinta (14), Trump afirmou não estar preocupado com a proximidade comercial de Brasil e China.

 

“Não estou nem um pouco preocupado. Eles podem fazer o que quiserem. Sabe, nenhum deles está indo muito bem, e o que estamos fazendo em termos de economia… Estamos superando todo mundo, incluindo a China. Estamos indo melhor do que qualquer outro país do mundo agora”, argumentou, durante entrevista à imprensa, quando questionado sobre a aproximação de países da América Latina com o gigante asiático.

 

Perguntas e respostas
O que Lula disse sobre a tarifa imposta pelos Estados Unidos?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a tarifa imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros como uma “turbulância desnecessária”.

 

Qual foi o contexto da declaração de Lula?
Lula fez suas declarações ao lado de empresários chineses em São Paulo, destacando a importância do comércio entre Brasil e China em comparação com as relações comerciais com os EUA. Ele mencionou que as tarifas começaram a valer na quarta-feira, 6 de julho.

 

O que Lula afirmou sobre a imagem do Brasil no comércio internacional?
O presidente criticou a ideia de que o Brasil é um país difícil para negociar, afirmando que não pode aceitar que um presidente dos EUA espalhe inverdades sobre o Brasil. Ele ressaltou que o país merece respeito e que seu povo tem orgulho de sua identidade.

 

Como Lula reagiu à saída de empresas do Brasil?
Ao comentar a saída de empresas, como a montadora Ford, Lula disse: “quem quiser sair, que saia”, e convidou aqueles que desejam vir ao Brasil a se sentirem bem-vindos.

 

Qual foi a posição de Lula sobre a capacidade de negociação do Brasil?
Lula enfatizou que o Brasil é um país que gosta de negociar e que a situação atual é desnecessária. Ele elogiou o vice-presidente Geraldo Alckmin, que lidera as negociações com os Estados Unidos.

 

O que Lula disse sobre o comércio entre Brasil e China?
O presidente destacou que o comércio entre Brasil e China é de 160 bilhões de dólares, em contraste com os 80 bilhões de dólares do comércio com os EUA, ressaltando a importância dessa relação comercial.

 

Qual foi a visão de Lula sobre o desenvolvimento do Brasil?
Lula expressou o desejo de que o Brasil cresça e se desenvolva, buscando acesso a informações e tecnologias avançadas, e mencionou que alguns países estão preocupados com o crescimento de nações que antes eram consideradas invisíveis.

 

Como Trump reagiu à relação comercial entre Brasil e China?
Trump afirmou não estar preocupado com a aproximação comercial entre Brasil e China, alegando que os EUA estão superando todos em termos de economia.

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