Inelegível 24.02.2025 | 08h15
Edu Moraes/RECORD
O influenciador Pablo Marçal (PRTB) foi condenado à inelegibilidade porque vendeu apoio político na campanha de 2024. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele se ofereceu para gravar vídeos divulgando candidatos a vereador por R$ 5 mil.
Em uma transmissão ao vivo na sexta-feira, 21, o influenciador disse que vai recorrer da decisão. Ele alegou que não chegou a ‘materializar‘ os vídeos porque foi barrado pela equipe jurídica da campanha.
Pablo Marçal foi candidato à Prefeitura de São Paulo nas eleições municipais de 2024 e terminou em terceiro lugar, com 1.719.274 de votos (28,14% dos votos válidos).
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Ao se oferecer para divulgar os vereadores, ele afirmou que estava ‘concorrendo a uma eleição desleal‘ porque não usou dinheiro público enquanto ‘os ’bonitões’ gastam R$ 100 milhões para fazer propaganda enganosa‘.
‘Você conhece alguém que queira ser vereador e é candidato, que não seja de esquerda, tá, esquerda não precisa avisar. Se essa pessoa é do bem e quer um vídeo meu para ajudar a impulsionar a campanha dela, você vai mandar esse vídeo e falar ’mano, olha aqui que oportunidade, né?’
Essa pessoa vai fazer o quê? Ela vai mandar um Pix para a minha campanha de doação, Pix de cinco mil. Fez essa doação, eu mando o vídeo. Vai clicar aqui no formulário, clicou aqui no formulário, cadastra, a equipe vai entrar em contato. Tamo junto, fechou, você ajuda daqui em São Paulo e eu ajudo daí.‘
O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1.Ð Zona Eleitoral, declarou Pablo Marçal inelegível por abuso de poder econômico e político, uso indevido de meios de comunicação social e captação ilícita de recursos.
A sentença afirma que a oferta feita pelo influenciador ‘foi levada a sério por candidatos a vereador que efetuaram doações confirmadas pelo requeridos‘ e teve ‘potencialidade para macular a integridade do processo eleitoral em razão do efeito que produziram na consciência política dos cidadãos‘.
O juiz Antonio Zorz afirmou ainda que ele espalhou fake news sobre o fundo partidário e se ‘colocou, de forma gravemente distorcida, como vítima de um sistema eleitoral desleal que não lhe permitiu usar financiamento público do fundo eleitoral‘. Com isso, na avaliação do magistrado, o influenciador comprometeu a ‘normalidade e legitimidade‘ da eleição.
Como a decisão foi tomada na primeira instância, há possibilidade de recurso ao Tribunal Regional Eleitoral.
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