08.03.2010 | 03h00
A assentada Maria Edna, que está há cinco anos no assentamento Dorcelina Folador, é outro exemplo de mulher batalhadora que venceu desenvolvendo uma atividade no campo. "Todos os dias, levanto às 5 horas da manhã e não tenho hora para encerrar os trabalhos aqui, mas é o que eu gosto de fazer". Ela vive na pequena propriedade com o pai João Bernardo de Souza, e o filho Ângelo Bernardo de Souza, e disse que ter conseguido o pedaço de terra foi a realização de um sonho, uma vez que é de origem é rural.
Na assentamento onde mora, localizado a 20 quilômetros do centro de Várzea Grande, foi implantado, em uma área comum, projeto-piloto de flores tropicais e folhagens a partir de uma parceria do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Mato Grosso (Sebrae/MT), prefeitura municipal de Várzea Grande e Associação dos Pequenos Produtores Rurais do assentamento. As primeiras colheitas foram feitas em dezembro de 2007, gerando uma renda para as 13 famílias que participam do projeto de R$ 1,9 mil. A partir de então, Dona Edna e outros assentados implementaram a produção em suas propriedade e hoje comercializam no mercado local de flores.
A produtora explica que a produção ainda não chegou no ponto pretendido por ela, mas nos próximos anos certamente alcançará. Hoje, ela equilibra as despesas de casa com o dinheiro que consegue com a venda de flores e a aposentadoria do pai. Mas, diz que em breve suas flores irão proporcionar o lucro desejado. Ela também cria galinhas e tem uma vaca leiteira, além de plantar verduras e legumes para subsistência. "Não é fácil o trabalho aqui, fazemos muitas coisas ao mesmo tempo. Porém, com alegria e a sensação de ter alcançado nosso objetivo".
A assentada também aconselha às mulheres que desejam deixar a cidade para viver no campo que o façam apenas se houver uma identificação com este tipo de vida. "Não quero dizer que as mulheres que vivem em propriedades rurais trabalham mais que as das cidade. A questão é que aqui, diferente da vida urbana, exige uma dedicação maior já que, além das atividades de casa e cuidados com a família, ainda temos que tratar de animais, cuidar da lavoura e, no meu caso, ficar atenta à produção das flores. Porém, o conselho que dou neste Dia Internacional da Mulher é que seja no campo ou na cidade, as mulheres que têm sonhos lutem de verdade para realizá-los. Na vida, nada se consegue sem perseverança e vontade de vencer e nós mulheres, somos fortes e podemos chegar onde queremos sempre". (WT)
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Milho Disponível
R$ 66,90
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Algodão
R$ 164,95
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Boi à vista
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Soja Disponível
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1,06%
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