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23.09.2010 | 03h00

Ócio prejudicial à saúde

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A consultora de moda Astrid Coninghan Sekkel, 45, sempre teve uma vida profissional muito ativa. Nos últimos dois anos ela parou de trabalhar. Neste período se sentiu infeliz. Assim como Astrid, centenas de pessoas ficam tristes quando descobrem que não têm nada para fazer. O pesquisador Christopher Hsee, junto com Liangyan Wang, da Universidade de Shangai, na China, estudou o nível de felicidade que tarefas diárias trazem para os indivíduos e garante que não fazer nada pode trazer descontentamento.

Hsee explica que as pessoas estão sempre fazendo algo e que não se pode confundir o "não fazer nada" com ler um livro, ver televisão ou realizar uma atividade doméstica. "As pessoas, no mundo todo, estão sempre fazendo algo, vivendo, ganhando dinheiro, fama, ajudando os outros no final de semana. Mas é provável que nós não façamos isso apenas por necessidade: as pessoas têm excesso de energia e evitar fazer nada pode ser algo inerente ao ser humano", pondera Hsee.

Para Astrid, que deixou de trabalhar em função do casamento e de uma doença, o fato de não ter nada para fazer a deixava culpada e triste. "Tinha vergonha de ver televisão na segunda-feira às 3 da tarde".

Na pesquisa realizada por Hsee, os voluntários tinham que preencher dois questionários sobre seu humor. Um deles era em um local. O segundo podia ser preenchido no mesmo local ou em outro prédio, sendo necessário certo trabalho de logística para chegar ao destino. De qualquer maneira, respondendo imediatamente ou se deslocando até um novo local, os voluntários eram recompensados da mesma forma.

Hsee observou que aqueles que optavam por se deslocar mostravam um nível de felicidade maior do que aqueles que haviam completado as tarefas no mesmo local. O número de voluntários também aumentava quando as recompensas eram similares, mas não idênticas, um objetivo que também indicava algum nível de trabalho (no caso intelectual) envolvendo o exercício do poder de decisão.

Os pesquisadores indicam que as pessoas que escolhiam se ocupar de alguma maneira provavelmente optavam por isso porque as fazia mais felizes. "Mecanismos e estratégias que ocupem as pessoas de alguma maneira, não necessariamente trabalhando mais ou ficando mais horas no escritório, podem ser bastante benéficos para diminuir os níveis de depressão em algumas pessoas", dizem.

Quando a saúde de Astrid se estabilizou ela buscou uma nova profissão. "Precisava de de prazer, horários flexíveis e a distância do estresse". A expectativa de um novo trabalho surgiu quando ela, por acaso, ajudou uma pessoa desconhecida a fazer compras. "Descobri que podia ser consultora de moda. Fiz um curso, escolhi um público específico e montei um blog com dicas de moda".

Sem culpa e muito mais feliz, Astrid garante que escolheu o caminho certo. Ela conta que, além do blog, também escreve sobre moda para dois jornais e pretende fazer um curso de jornalismo. "Eu reinventei minha vida!"

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