20.05.2003 | 03h00
Em plena era dos hipermercados e grandes atacados, o bem cuiabano bulixo está prestes a voltar, mas um pouco mudado. Para quem não sabe, o bulixo - ou bolicho, como também se costuma grafá-lo - é uma venda onde se encontra de tudo. Meio bar, meio mercearia, sua principal característica é a variedade de produtos à disposição do freguês. Bem assim pretende fazer o Sesc Arsenal através do Projeto Bulixo, que acontece hoje, a partir das 20 horas. A farinha, o feijão, o arroz, a linguiça, a bebida serão substituídos pela música, as artes plásticas, a poesia e toda e qualquer manifestação artístico-cultural que aparecer por lá.
O resgate histórico do bulixo feito pelo Sesc lhe dá uma nova cara e um novo significado - ou seria apenas novos e bem diferentes ingredientes? Porém, o objetivo é o mesmo. Oferecer ao visitante de tudo um pouco. Mas, para isso, é necessária a participação da classe artística e dos talentos escondidos em geral. Esse feirão de idéias, produtos e manifestações não tem regras e muito menos formalidades, garante a coordenação cultural do Sesc Arsenal. Visa unicamente cumprir os anseios da classe artística em geral, ávida por mais espaço para mostrar o que sabe.
Segundo a organização do evento, a execução desse projeto cumpre com os anseios da classe artística mais presente no Sesc Arsenal e possibilita o resgate da história que muitos já viveram, mantendo a lembrança dos bulixos, que certamente fazem falta dentro da cultura cuiabana. Assim, todos poderão conduzir esse bulixo diferente. O propósito é que as pessoas passem a conhecer opiniões diversas sobre artes plásticas, teatro, dança, música, literatura e cinema, focalizando assuntos que são verificados em seu dia a dia, mantendo a grande variedade, característica mais marcante desse tipo de comércio tipicamente cuiabano.
O bulixo, verbete comum do linguajar cuiabano, quer dizer "pequeno comércio de venda direta ao cliente", onde se encontram produtos dos mais variados, desde querosene, vassouras, enlatados, carne seca, requeijão caipira, gamelas, farinha de mandioca, feijão e até carrinhos de plástico importados do Paraguai". Também significa um local onde a comunidade se reúne todas as manhãs para comprar seu pãozinho e se inteirar dos principais acontecimentos da cidade.
As atividades acontecerão no salão social e não no teatro, portanto a estrutura para a apresentação será a mais simples possível. Isto deve garantir a simplicidade e originalidade das apresentações, uma das idéias do projeto. A formalidade não terá lugar e não há restrição quanto à forma e o tipo. A iniciativa, explica a coordenação, não é novidade. Já é desenvolvida em outras unidades do Sesc espalhadas pelo país e faltava chegar ao Estado.
Foi idealizada pela própria equipe do Sesc, preocupada em disponibilizar para a classe artística da região um espaço de convivência para todas as manifestações. Também era uma cobrança do pessoal que atua em Mato Grosso.
Quem quiser participar pode fazer inscrição até por telefone. É importante, no entanto, fazer um agendamento antecipado para que a coordenação saiba qual será a quantidade de pessoas inscritas e assim não "embolar o meio de campo", mas organizá-lo. Será uma boa oportunidade para que os novos talentos se mostrem e os que estão na estrada já há algum tempo divulguem suas mais recentes atrações.
O trabalho não precisa nem mesmo estar acabado. O que vale é dar uma pequena mostra do que está sendo realizado, avisam os coordenadores. Vale lembrar que no salão social não há, por exemplo, como fornecer iluminação adequada. Os participantes terão que adaptar seus números ao local.
Serviço - O Projeto Bulixo acontece hoje, a partir das 20 horas - e sem horário fixo para terminar - no Sesc Arsenal (que fica na rua Treze de Junho, no Porto). A entrada é franca. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 616-6923.
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Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
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Soja Disponível
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1,06%
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Alan - 29/08/2022
A população agradece d+, espaço, energia, tudo mara vilhoso! Ainda bem que existe!
1 comentários