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29.03.2025 | 08h05

Autoamor para romper ciclos tóxicos

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Luciana Leon

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As expectativas alheias são a nossa própria projeção.


O que isso quer dizer? Quanto menos sou dona das minhas emoções e sentimentos, mais projeto essas demandas ao mundo.
Todos nós temos necessidade de sermos amados. Quanto menor a sensação de amor na nossa infância, maior o buraco afetivo. Este desafeto na infância produz uma crença forte de que não somos bons o suficiente para recebermos amor.

Quando isso acontece, criamos diversas condições para buscarmos essa sensação em todas as nossas relações durante a vida. Por exemplo: se não sou boa o suficiente para ser amada, quem sabe se eu fizer tudo perfeito, posso ter alguma chance? Quem sabe se for eu mais inteligente, magra, bonita, rica...?


A crença de que não somos bons o suficiente é muito poderosa, porque é difícil tomarmos consciência do quanto nos afeta. Imagine sentir que não merece existir, que deve haver algo tão errado consigo que não tem a capacidade de ser amado por ninguém. Falando assim, parece estranho, mas todos nos sentimos assim em algum momento da vida.


Neste contexto, existe outro aspecto importante a ser ressaltado, sobre o impacto da idealização dos pais acerca de quem os filhos deveriam ser. Pais devem aprender a incentivar seus filhos a serem quem eles já são. Essa idealização, somada a uma autoestima frágil, pode ser devastadora, porque tomamos para si as expectativas idealizadas dos pais, estas tornam-se nossas. Isso vira não um caminho para a autorrealização, mas para o amor.


Porém, como nos faltam autoconhecimento e consciência desses padrões inconscientes, projetamos no mundo as expectativas que são nossas. A dura realidade é que o mundo não se importa com você ou com quem você é. Quando estamos preocupados com as expectativas dos outros, é você quem acha isso, mas delegamos a responsabilidade ao mundo.


Um fenômeno decorrente disso é o afastamento da autenticidade e dos desejos, porque a atenção está sempre voltada para a aprovação do outro. É como uma espécie de certificado de garantia de que, “se alguém me aprova, eu existo”.


O antídoto radical para este mecanismo é a emancipação emocional. Em algum momento, teremos que soltar a narrativa construída da infância e ativar nossa autonomia afetiva. Aceitação e aprovação externas serão sempre bem-vindas, mas não podemos viver dependentes disso.


O objetivo mais difícil a ser alcançado nesta vida é desenvolvermos o autoamor, que também é autoconhecimento, autoaceitação, maturidade e autorreconhecimento. Quando aprendemos e ativamos os nossos próprios valores, magnetizamos o amor, porque o outro é apenas o reflexo das minhas projeções.


Se existe algum tipo de amor incondicional, ele deveria ser o autoamor.


Luciana Leon é psicóloga, pós-graduada em medicina ayurvédica e professora de yoga. É autora do livro “A síndrome da Gueixa”, que reflete sobre o comportamento de autonegligência em prol das necessidades dos outros

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