15.09.2025 | 13h14
Divulgação
Você já parou para pensar em como os espaços escolares podem incluir ou excluir uma criança? Muitas vezes falamos de professores, materiais didáticos e tecnologia, mas esquecemos de algo que está diante dos nossos olhos: o ambiente físico onde o aprendizado acontece.
Em Cuiabá, por exemplo, os dados recentes do QEDU (Portal de Dados Educacionais) mostram como a demanda por inclusão cresce ano a ano. Entre 2023 e 2024, o total de alunos na rede municipal aumentou pouco mais de 2%. Até aí, nada fora do esperado. Mas quando olhamos para a educação especial, o salto é ainda mais expressivo: em 2023 havia 1.932 alunos, e em 2024 esse número chegou a 2.214.
Ou seja, um aumento de quase 15% em apenas um ano. Essas porcentagens revelam mais do que estatísticas, mostram que cada vez mais crianças com necessidades específicas estão chegando às salas de aula. E se a quantidade de estudantes cresce, os ambientes escolares também precisam se adaptar.
Muita gente ainda acredita que inclusão se resume a rampas e banheiros adaptados. É claro que isso é fundamental, mas vai muito além. Um exemplo já em prática são as Salas de Multi Recursos, regulamentadas pelo MEC/FNDE, que oferecem equipamentos e materiais adaptados. Mas além delas, cresce a necessidade de espaços voltados ao acolhimento e à regulação sensorial — como as salas multissensoriais.
Esses espaços são planejados para estimular ou acalmar os sentidos, trazem iluminação controlada, texturas, sons e cores que ajudam a reduzir a ansiedade, apoiar a concentração e ampliar as possibilidades de participação das crianças. Para muitos alunos, ter acesso a um ambiente assim pode ser decisivo para permanecer na escola, sentir-se seguro e se desenvolver com dignidade.
Com o crescimento constante das matrículas na educação especial, não é possível manter a mesma estrutura física e esperar resultados diferentes. O espaço precisa acompanhar o aluno. Essa é a base de uma educação de qualidade, que acolhe cada estudante, dá a todos a chance de aprender de verdade e respeita todas as formas de ser e perceber o mundo.
Estela Takase, arquiteta especialista em projetos educacionais e acredita na inovação como ferramenta para transformar espaços de aprendizagem.
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