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Judiciário - A | + A

28.07.2018 | 08h49

Advogado se surpreende com confissão e busca benefícios de delação premiada

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O advogado Neyman Monteiro, responsável pela defesa do cabo da Polícia Militar Gerson Corrêa, se surpreendeu com as confissões realizadas por seu cliente no fim da noite de sexta-feira (27), em audiência do caso conhecido como grampolândia pantaneira. Corrêa incriminou principalmente o advogado e ex-secretário de Casa Civil de Mato Grosso, Paulo Taques, primo do governador Pedro Taques (PSDB). Neyman promete buscar os benefícios da delação premiada.

Chico Ferreira

“Ele [Gerson] solucionou a grampolândia pantaneira. A defesa se surpreendeu com os mínimos detalhes sobre o caso. Os advogados apenas orientam o réu. Mas os detalhes surpreenderam. A defesa agora vai buscar os benefícios de uma colaboração premiada”, disse Neyman na manhã deste sábado ao Gazeta Digital.

Leia também - Cabo Gérson faz confissão na grampolândia e diz que Paulo Taques bancou escutas

O cabo da PM revelou detalhes de como era operado o esquema de interceptação e afirmou, diante do juiz Murilo de Moura Mesquita, da 11ª Vara Criminal Militar de Cuiabá, que foi Paulo Taques o pagador das despesas para viabilizar a central de escutas.

Conforme o policial, as escutas eram para fins eleitorais na campanha de 2014, mas somente quando já estava envolvido é que tomou conhecimento disso. Inicialmente foi informado que as interceptações seriam para investigar policiais suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas.

Gerson revelou ainda que recebeu de Paulo Taques a quantia de R$ 50 mil para comprar os equipamentos necessários para montar a central de interceptações.

“Foi quando eu e [coronel] Lesco deslocamos (em setembro) até um lugar que não sei se é escritório ou comitê de campanha, fomos até o bairro Consil, em uma casa onde Paulo Taques trabalhava, e pegamos os R$ 50 mil, pegamos o dinheiro e começamos a comprar o que precisava. Eu e Torezan montamos o sistema dentro da sala locada para operacionalizar. Com o dinheiro arrumamos tudo e ainda ficou em caixa, quem comprava tudo era eu e Torezan”, revelou Gérson em seu depoimento.

"O interesse é do governador Pedro Taques e do senhor Paulo Taques, sem nenhuma sombra de dúvidas", disse o policial em sua confissão.

A reportagem procurou a defesa do ex-secretário Paulo Taques, mas não obteve resposta. Ele está preso por suposto envolvimento em desvios de R$ 30 milhões no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT).

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