suprema corte 12.09.2025 | 14h55
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
A ministra Cármen Lúcia apresentou um voto repleto de indiretas ao posicionamento do colega Luiz Fux, que inocentou a maioria dos réus na ação do golpe de Estado.
Começou rebatendo a fala de Fux que minimizou o ataque aos três poderes em oito de janeiro de 2023. Cármen disse que “o 8 de janeiro não foi um acontecimento banal, depois de um almoço de domingo, quando as pessoas saíram para passear.”
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O ministro Flávio Dino pediu um aparte para falar. Cármen brincou, dizendo que concederia se fosse rápido, porque as mulheres já ficaram muito tempo caladas. Dino riu e respondeu que pelo voto curto que fez, tinha direito a um “banco de horas”.
Cármen Lúcia seguiu o voto e confrontou a tese de Fux que derrubou todas as acusações contra Jair Bolsonaro. A ministra pontuou que “a Procuradoria-Geral da República fez prova cabal de que o grupo, liderado por Jair Messias Bolsonaro, composto por figuras-chave do governo, das Forças Armadas e de órgãos de inteligência, implementou plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas”.
A esta altura, Fux mandou um bilhete em um post it amarelo para o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, que prontamente respondeu. O ministro não esboçou reações durante as manifestações e não encarou os colegas.
Apesar do clima tenso, Fux só sorriu quando Cármen e o ministro Alexandre de Moraes brincaram sobre ele fazer uma harmonização facial.
Moraes, que é o relator do processo, pediu para falar, e exibiu um vídeo no qual Bolsonaro o atacava em uma manifestação na avenida Paulista. O ministro lançou uma série de indiretas e rebateu o voto de Fux, que no dia anterior concluiu que Bolsonaro não era o líder da organização criminosa.
Foram inúmeras alfinetadas ao longo da sessão, sem que Fux respondesse a nenhuma delas.
Na plateia, além da irmã da ministra Cármen, um convidado inesperado: o ministro decano, Gilmar Mendes assistiu a tudo.
No momento de definição das penas, o presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, também chegou ao plenário da Primeira Turma para acompanhar o desfecho do julgamento.
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