tragédia na ponte 09.01.2025 | 10h49
BOMBEIROS MILITAR / GOVERNO DO TOCANTINS
A Marinha do Brasil (MB) informou hoje (9) que vai retomar as operações de mergulho para a busca das vítimas desaparecidas, após o acidente na Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na divisa entre o Maranhão e o Tocantins.
Nesta quinta-feira, serão realizados novos mergulhos exploratórios onde se dirige a correnteza do rio, ou seja, mais a jusante do local já varrido pelos mergulhadores. Até o momento, 14 pessoas já foram localizadas e identificadas e três pessoas permanecem desaparecidas.
Os trabalhos foram suspensos devido à necessidade de abertura das comportas da barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito, para dar vazão ao volume do reservatório aumentado pelo regime de chuvas na região.
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Em nota, a Marinha disse que a decisão de retomar as buscas com mergulho, ocorreu após o Consórcio Estreito Energia (CESTE) ter comunicado, na noite da última terça-feira (7), que poderia conter a vazão das águas da usina hidrelétrica por mais alguns dias, viabilizando janelas de mergulho.
“Essa situação deverá ser reavaliada a cada novo período. Na quarta-feira (8), a MB precisou deslocar a Base Avançada de Mergulho para uma área mais elevada em relação à sua posição original, uma vez que o local em que aquela se encontrava corria risco de alagamento devido ao aumento da vazão das águas da usina fora das janelas de mergulho”, diz a nota.
As pessoas que permanecem desaparecidas após o colapso da ponte são: Salmon Alves Santos, de 65 anos e Felipe Giuvannuci Ribeiro, 10 anos, avô e neto, respectivamente, e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos.
A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados do Maranhão e Tocantins pela BR-226, desabou no fim da tarde do dia 22 de dezembro de 2024.
Na ocasião, três veículos de passeio, três motocicletas e quatro caminhões que trafegavam na ponte caíram no rio, com 18 pessoas, ao todo. A operação de busca e resgate teve início ainda no mesmo dia com o uso de embarcações.
No dia 23 de dezembro, iniciou a atuação de uma equipe de 64 mergulhadores especializados, composta por militares da Marinha do Brasil, Corpos de Bombeiros dos estados do Maranhão, Tocantins, Pará, São Paulo e Distrito Federal.
Também foram empregados drones subaquáticos e aéreos, além de outros equipamentos especializados como o uso de uma câmara hiperbárica, para garantir a segurança dos profissionais mergulhadores.
Substâncias tóxicas
Dentre os caminhões que caíram no Rio Tocantins com o colapso da ponte, dois transportavam ácido sulfúrico e um carregava os agrotóxicos: Carnadine, PIQUE 240SL e Tractor.
Após o acidente, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), realizaram uma análise emergencial da qualidade da água do rio.
Os resultados das amostras coletadas entre 24 e 29 de dezembro de 2024, mostraram que não foram encontrados indícios de contaminação da água pelos agrotóxicos.
O Ibama ressaltou, porém, que, “enquanto o material químico estiver depositado no Rio Tocantins, persiste o risco de eventual rompimento dos recipientes e consequente contaminação da água, com possíveis impactos sobre o meio ambiente e usos múltiplos, incluindo abastecimento público de comunidades ribeirinhas e cidades ao longo do rio”.
O Ibama disse que acionou as três empresas transportadoras, responsáveis pelos veículos com as cargas perigosas, para auxiliarem “as instituições públicas envolvidas no atendimento ao desastre com a elaboração de Planos de Atendimento à Emergência (PAEs) para atuação e resposta quanto aos caminhões que estão no fundo do rio.”
Na terça-feira, o órgão informou que acompanhou o trabalho dos mergulhadores profissionais, contratados pela empresa Sumitomo, responsável pelo caminhão com agrotóxicos, para verificar o posicionamento do veículo e das bombonas com agrotóxicos que se encontram no fundo do Rio Tocantins.
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