DEU EM A GAZETA 17.08.2025 | 07h12

aline@gazetadigital.com.br
João Vieira
Número de pessoas monitoradas por tornozeleira eletrônica cresceu 1.305% em Mato Grosso. Segundo o Plano Estadual de Pena Justa, em 2014 eram 511 monitorados e este ano já são 7.184. Com a crescente “demanda”, surge um novo “serviço”, que são os tornozelos “alugados” por valores mínimos que variam de R$ 1 mil e R$ 1,5 mil, mas que em alguns casos chegaram a R$ 19 mil por mês.
Fonte da reportagem, que preferiu não se identificar, enfatiza que muitos tornozelados, principalmente criminosos contumazes e integrantes de organizações criminosas, usam deste artifício para fugir da fiscalização estatal. Funciona da seguinte forma: o reeducando, que recebe como medida o uso de tornozeleira eletrônica, retira o equipamento, que passa para o tornozelo de uma segunda pessoa, que receberá pelo “favor”.
Neste caso, os envolvidos podem responder pelos crimes de integrar organização criminosa e fraude processual. Um dos casos que mais chamou a atenção foi do “cuidador de tornozeleira”, que recebia R$ 19 mil para ficar responsável pelo equipamento que deveria ser usado pelo tesoureiro do Comando Vermelho (CV), Paulo Witer Faria Paelo, o WT. Preso na segunda fase da operação “Apito Final”, em maio do ano passado, Jeferson da Silva Sancoviche, o “Japão”, era “testa de ferro” do tesoureiro.
Ele aparecia como dono de um imóvel em edifício de luxo, em Cuiabá. No entanto, quem morava no local era W.T. Jeferson foi flagrado horas após a prisão de Paulo Witer, saindo do apartamento, carregando uma sacola com vários objetos, entre eles a tornozeleira.
O equipamento de monitoramento ficava no apartamento. A tornozeleira também era levada até o Jardim Florianópolis nas ocasiões em que Witer estava em viagens ao litoral de Santa Catarina e Rio de Janeiro. No dia 9 de agosto de 2025, a operação Desterro foi deflagrada contra integrante de uma facção envolvida no desaparecimento de cinco maranhenses em Várzea Grande.
A Polícia Civil cumpriu 13 mandados de buscas, objetivando apreender celular e outros equipamentos eletrônicos, de modo a avançar nas investigações e estabelecer autorias. Duas pessoas foram presas em flagrante, uma por porte legal de arma de fogo e a outra por fraude processual, porque usava a tornozeleira que era de um dos alvos da operação e recebia mensalmente para isso.
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Gladston - 17/08/2025
Qual é mesmo o estado que o governo gasta com a imprensa um valor enorme dos cofres públicos para propagar um "programa de tolerância zero com o crime organizado"???
1 comentários