EFEITO PANDEMIA 09.04.2020 | 10h00

jessica@gazetadigital.com.br
João Vieira
Às vésperas da Semana Santa, os comerciantes contabilizam queda na venda de peixe. A pandemia do coronavírus espantou o consumidor e a esperança de quem trabalha no ramo é que o quadro melhore a partir desta quinta –feira (8), mas o prejuízo já é certo.
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Há mais de 30 anos vendendo peixe no Mercado do Porto, Odil Xavier afirma que poucas vezes viu um movimento tão fraco. Ele, que já vendeu 1200 kg de pescado na Semana Santa, hoje tem apenas dois congeladores para estocar o produto.
“Antes eu saberia exatamente quanto iria vender e já estaria com estoque comprado. Agora vou ter que comprar assim que acabar o que tenho, porque não para saber como vai ser”, afirma o comerciante.
Em sua banca, o peixe mais barato é o Tambacu, vendido a R$ 15 o quilo. O mais valioso é o pintado, que custa R$ 30 o quilo. No entanto, o mais vendido é Tambacu já em ventrechas. O pacote com 7 pedaços é comercializado a R$ 13.
Em outra barraca, mais adiante, outro comerciante também reclama da queda no movimento. Tombo, este, que não foi maior porque adotaram o delivery como saída para as vendas.
“Tá bem parado, mas se o cliente não vem até aqui a gente entrega”, afirma Anderson Rocha, que trabalha com o pai na peixaria. A família está no ramo há mais de 30 anos, antes do mercado ser Fundado naquele local.
O peixe na Semana Santa
Consumir peixe nesse período e nas quartas e sextas-feiras na quaresma é uma tradição católica em lembrança ao sacrifício de Jesus nos 40 dias em que passou no deserto, até sua morte e ressurreição. O peixe era alimentos dos humildes naquela época, por ser barato e abundante. A carne vermelha era um luxo e o período exige penitência aos católicos.
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Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
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