prevenção 26.10.2025 | 16h21

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Divulgação
O mastologista Luciano Florisbelo emocionou o público durante palestra no Hospital de Câncer de Mato Grosso (HCanMT) ao destacar a importância da prevenção e do autocuidado na luta contra o câncer de mama. Segundo ele, ao contrário do que muitos imaginam, a hereditariedade é responsável por apenas 10% a 15% dos casos, enquanto entre 80% e 85% estão relacionados ao estilo de vida.
“O câncer hoje está muito mais ligado a como você leva a sua vida do que à genética”, afirmou o médico. “Por isso, a pergunta que deixo é: como você tem levado a sua vida?”
Radicado há 25 anos em Mato Grosso, Florisbelo se considera parte da história do hospital e ressaltou que a instituição alia técnica e acolhimento para garantir tratamentos de qualidade. Para ele, o sucesso terapêutico depende não apenas dos avanços da medicina, mas também do envolvimento e da conscientização do paciente.
“Aqui nós somos técnicos, oferecemos as melhores práticas da medicina. Mas também somos acolhedores. E o acolhimento é essencial para o tratamento oncológico”, destacou.
O especialista chamou atenção para a realidade do diagnóstico no Brasil, onde a maioria dos casos ainda é descoberta em estágios avançados. Segundo dados apresentados por ele, 53% dos tumores mamários em Mato Grosso são diagnosticados nos estágios 3 ou 4, o que reduz significativamente as chances de cura.
“Quando o câncer é identificado no estágio 1 ou 2, a taxa de cura chega a 90%. Mas no Brasil ainda diagnosticamos tarde”, alertou. Florisbelo também revelou um dado preocupante: o número de mamografias realizadas no Estado diminuiu entre 2022 e 2024, mesmo com as campanhas de conscientização. Atualmente, a incidência do câncer de mama em Mato Grosso é de 60 casos para cada 100 mil habitantes, acima da média nacional, que varia entre 41 e 42.
O médico reforçou que hábitos saudáveis são determinantes tanto na prevenção quanto na recuperação de quem já enfrentou a doença. Entre os principais fatores estão a prática regular de atividade física, mantida por apenas 26% das mulheres diagnosticadas com câncer de mama. “A atividade física reduz em até 30% o risco de recidiva”, explicou.
Ele também defendeu uma alimentação equilibrada, com prioridade para “alimentos que se descascam, e não os que vêm em saquinhos”, além do controle do peso corporal e da atenção à saúde mental. “O cuidado de si é um ato integral. O corpo, a mente e o espírito precisam estar em equilíbrio. A fé também é um fator importante no enfrentamento do câncer”, ressaltou.
Para o mastologista, o êxito do tratamento depende não apenas da equipe médica e dos medicamentos, mas também da postura emocional e da atitude do paciente diante da doença. “A única pessoa que pode realmente te tirar do problema é você mesma. Médicos, amigos e família ajudam, mas a força vem de dentro”, afirmou.
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