altos do ubirajara 21.12.2021 | 11h58
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Gazeta Digital
Desde o último sábado (17), 159 famílias que moram no Altos do Ubirajara, em Cuiabá, temem serem despejadas. Quando recebiam cestas básicas de um projeto social, distribuídos até pelo Papai Noel, os moradores da comunidade foram surpreendidos com uma ordem de desapropriação.
De acordo com o líder comunitário Valderi Nunes Rodrigues as famílias começaram a fazer vigília desde a madrugada, com medo da polícia e tratores chegarem derrubando tudo. “No sábado conseguimos doações de umas cestas básicas, quando o suposto dono chegou aqui e simplesmente chegou com duas pessoas se dizendo oficiais, que não se identificaram, não tinham nenhum crachá, não estavam acompanhados de uma força policial, nada”.
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Após cobrar a presença do líder, os oficiais não se identificaram e também não mostraram a ordem de despejo.
“Da mesma forma que ele não se identificou, eu não me identifiquei a ele. Ele me falou que tinha ordem de despejo, estava com uma liminar certinho, que era para naquele exato momento desocupar a área, da melhor forma possível para não ter nenhum transtorno”, disse.
Mesmo cobrando o papel da ordem de desapropriação, para poder mostrar ao advogado da comunidade, o oficial se recusou. “Simplesmente ele disse que não era para pegar na ordem de despejo e que não era pra tirar foto de nada e na maior ignorância foi embora”.
Desde então, os moradores do Altos Ubijarara estão assustados e montaram uma barricada com pneus. Segundo Valderi, cerca de 500 pessoas moram no local, que conta com muitas crianças, idosos e gestantes.
“Tem pessoas aqui que não tem pra onde ir, pagar um aluguel. Nesse tempo de pandemia a situação está difícil pra todo mundo e os sonhos dessas pessoas estão todos aqui dentro dessa comunidade”, lamenta.
Desempregado, o segurança Vanderlei Santos mora no local há 11 meses – desde quando a comunidade surgiu. Com seus 4 filhos, ele também teme pelo despejo.
“Aqui nossa comunidade somos um pessoal muito unido, sempre nos ajudando, quando é pra fazer almoço pra todo mundo a gente faz. Tem muita gente que não tem pra onde ir, idoso... Teve mães que já tiveram até filho aqui dentro”, conta.
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Luciana - 21/12/2021
Sou moradora e perdi meu marido no dia 06/12 por falência do rim e estou em tratamento no Hospital do Câncer tenho Artrite Rematoide,Fribiomialgia e Ernia na coluna não tenho condições de trabalhar para pagar aluguel e comer depende muito da Comunidade pois além de recebermos doações de alimentos e roupas também temos um teto para nos abrigar peço muito há Deus e ao Estado para nos dar causa ganha porque só tem pessoas sem condições … No mais agradeço a atenção da Reportagem que olhou para nós.
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